Algo que ajuda no momento de implementar novas tecnologias e procedimentos é contar com as experiências compartilhadas por outras pessoas que passaram pela mesma situação.
Na 26ª Conferência Internacional de XBRL, ocorrida na Irlanda em 2013, o consórcio XBRL Finland, o qual reúne organizações públicas e privadas com o objetivo de realizar ações de adoção de XBRL na Finlândia, compartilhou algumas lições aprendidas durante os trabalhos desenvolvidos, as quais são comentadas abaixo.
O
conteúdo dos dados deve vir antes do XBRL.
Este
alerta é para que não se pense em implantar o uso de XBRL apenas pelo XBRL em
si mesmo, ou seja, é preciso primeiro pensar no conteúdo dos dados que serão
descritos em XBRL. Se esta medida não for tomada, a qualidade do resultado
final ficará comprometida, pois a tecnologia não tem o poder de consertar uma
modelagem incorreta dos dados e seus significados, isto deve ser feito com
muito cuidado antes de se passar para a fase de aplicação da tecnologia XBRL.
Manter o foco no objetivo
principal: diminuir a carga administrativa para as organizações.
O
principal ganho da implantação do XBRL está na agilidade para obtenção de
informações, que passam a estar padronizadas, e com fácil acesso. Todo este
esforço deve estar sempre voltado para a melhoria dos processos administrativos
das organizações, se este foco não for mantido, corre-se o risco de se começar
a incluir procedimentos desnecessários, ou que não agreguem tanto valor às
atividades.
A adoção do XBRL não visa
apenas a padronização dos relatórios.
Durante
os trabalhos de adoção do XBRL, o consórcio identificou que a padronização dos
relatórios ser um grande avanço, o resultado final só seria eficaz se a mesma
fosse acompanhada de uma arquitetura integrada para submissão dos relatórios.
Isto está fundamentalmente relacionado com a integração e interoperabilidade de
sistemas, os quais precisam "conversar" corretamente para que as
informações contidas nos documentos XBRL possam ser efetivamente trocadas entre
as organizações.
Cooperação entre organizações
públicas e privadas.
Esta
foi outra lição aprendida pelo consórcio, pois se as organizações começarem a
tomar iniciativas isoladas e unilaterais, o resultado final será de menor
qualidade, e muitas vezes exigindo retrabalho para que o conjunto das
organizações tire proveito da padronização.
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