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BPM por onde começar


(foto: mundoeneagrama.org)

A Gestão por Processos quando adotada de uma forma consistente pode proporcionar ganhos contínuos, levando os processos a um círculo virtuoso de melhoria, apontando para a excelência da prestação de serviços ou da produção de bens.

Os caminhos que conduzem a esse estado de excelência de gestão são muitas vezes longos e tortuosos, dependendo de como a organização entra em contato com os fundamentos de BPM e de sua curva de amadurecimento. E não se enganem, muitas delas acabam rejeitando ou adotando apenas parte dos instrumentos e fundamentos do BPM, deixando de usufruir dos potenciais ganhos advindos da adoção plena desta Disciplina de Gestão.

A Elo Group vem desenvolvendo um trabalho valoroso de acompanhamento da maturidade em BPM no pais desde 2008, como pode ser visto no artigo Evolução do BPM nas Organizações Brasileiras, do meu caro professor e colega CBPP Leandro Jesus e André Macieira, mostrando que ao longo dos cinco anos anteriores houve um crescente interesse pela disciplina por parte dos profissionais, no entanto, o retorno da aplicação de seus fundamentos não vem evoluindo proporcionalmente, conforme gráfico a seguir.



Parte desse gap entre a pretensão dos profissionais e a realidade dentro das organizações é decorrente da compreensão fragmentada do BPM, que leva a utilização de somente algumas de suas ferramentas com enfoque excessivamente operacional, como destaca o artigo.

Segundo o CBOK 3.0, BPM é dividido em 9 áreas de conhecimento que refletem as competências que devem ser consideradas por uma organização na implementação do Gerenciamento do processo de negócio, conforme a seguir.



Uma das formas para se chamar a atenção dos gestores para o BPM é fazer um projeto piloto, no qual será escolhido um determinado processo de negócio para se trabalhar os fundamentos da Gestão por Processos.

Ao escolher o processo de negócio não se deve optar pelo processo mais crítico ou complexo, pois aumentam os riscos associados ao projeto, tendo em vista a baixa maturidade da organização e a curva de aprendizado ainda em ascensão dos profissionais responsáveis pela implantação.

No entanto, também não se deve escolher um processo muito elementar, com um nível irrisório de impacto na organização. Uma boa prática seria utilizar a Cadeia de Valor para localizar processos que possam ter um grau médio de impacto e de complexidade para iniciar a implantação.

Após a implantação do novo processo deverá haver uma operação assistida até a sua estabilização e, a partir deste ponto, iniciar uma coleta de dados através das métricas previamente elaboradas através das quais poderemos medir os ganhos alcançados.

Importante frisar que tais projetos são uma espécie de vitrine para a sensibilização inicial dos gestores. Devendo ficar claro que a implantação da Gestão por Processos é um “processo” mais abrangente que aponta para transformação da abordagem de gestão da organização, tornando o BPM um instrumento de alcance dos objetivos estratégicos.

Até a próxima com mais temas ligados ao mundo BPM!
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