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Como Arquitetura Corporativa pode apoiar a implantação de Transparência Organizacional

Como Arquitetura Corporativa pode apoiar a implantação de Transparência Organizacional

A Arquitetura TOGAF no apoio a implantação de Transparência



Desde o início venho falando que quando se pensa em implementar ações para construção, gestão e governança da Arquitetura Corporativa de uma empresa podemos implementar transparência.

Repetindo o que disse no segundo artigo: Quando pensamos em transparência, devemos pensar em organização e relacionamento de informações antes de qualquer coisa, porque não temos como tornar transparentes informações que estão uma bagunça onde nada se conecta com nada. Isso seria sim um trabalho insano!!! Eu diria até, impossível!!!

Então, também relembrando este simpático Senhor, John Zachman, ele define Arquitetura Corporativa como “o conjunto de modelos necessários para representar uma organização”.

Mas “fazer” arquitetura corporativa requer estabelecer mecanismos para elaborar, manter e gerir estes modelos de forma sistemática. Por esta razão alguns frameworks foram propostos neste sentido. Vou falar especificamente de um deles: O framework TOGAF. Este é um framework bastante robusto e, tão importante quanto, discutido e atualizado constantemente.

O TOGAF (The Open Group Architecture Framework) é um framework que provê métodos e práticas para apoiar a criar, manter, usar, gerir e evoluir a arquitetura corporativa de uma empresa. Este framework é desenvolvido e mantido pelo Fórum de Arquitetura do The Open Group, e sua primeira versão data de 1995. Hoje o TOGAF está na versão 9.1. O Open Group é uma instituição sem fins lucrativos que atua como um consórcio global (que conta com mais de 400 organizações membro) no desenvolvimento de diversos padrões de TI abertos.

Então, falando do TOGAF, ele é composto por seis partes. Vou focar na sua parte central que é o Método de Desenvolvimento de Arquitetura (ADM) representado na figura abaixo. O ADM estabelece uma metodologia para o desenvolvimento e manutenção de uma Arquitetura Corporativa. Ele oferece uma série de orientações e técnicas organizadas em cada uma das etapas propostas na figura abaixo.


Hoje eu vou falar sobre a fase Preliminar:


A primeira pergunta é: Por onde começar?
Há uma série de questões que precisam ser resolvidas como: qual o método será utilizado? qual ferramenta? quem fará parte da equipe de arquitetura? como será a interface da arquitetura com as demais áreas da empresa? a arquitetura será centralizada ou distribuída? quais princípios pautarão a arquitetura?


Na fase Preliminar o Arquiteto define o escopo da Arquitetura, a equipe e os métodos e frameworks de apoio ao trabalho.
Ao definir como o TOGAF será utilizado (sim, conforme eu já disse você não faz tudo de uma vez só. É uma insanidade!) a decisão pela utilização do Modelo de Maturidade em Transparência deve ser levada em consideração. Pode-se optar também pela implantação das leis de acesso a informação (caso não se queria seguir o Modelo). Mas o importante é que a implantação de transparência se torne formalmente um requisito para a iniciativa de Arquitetura fazendo parte dos Princípios que irão reger a condução do trabalho.
Os princípios regem o processo de arquitetura, afetando o desenvolvimento, a manutenção e o uso da arquitetura corporativa. Alguns já propostos pelo TOGAF estão intimamente relacionados a aplicação de transparência como: Dados são compartilhados; Dados são acessíveis; Vocabulário comum e definições de dados; entre outros.
Porém sugiro o estabelecimento de um Princípio voltado especificamente para o atendimento a iniciativa de transparência, como forma de tornar todos os participantes da iniciativa comprometidos com sua implantação.
Nesta fase, o TOGAF também é customizado. O Arquiteto deve identificar necessidades de adaptação em função do Modelo de Maturidade e outros frameworks/modelos que tenham sido selecionados ou já existam. No caso de transparência envolve definir a forma de atendimento a requisitos de transparência dentro do contexto dos frameworks de gestão de projetos, gestão de processos, arquitetura de sistemas, arquitetura de informações, operações (serviços), de acordo com a nível de transparência pretendido.
Fazendo uma analogia, ao final dessa etapa todos os envolvidos na iniciativa devem ter uma visão comum do que se pretende, ainda que pareça ainda um rascunho, ou ideias. Mas, mais importante, esta visão sobre a estratégia de atuação e princípios a serem seguidos deve estar acordada entre todos!


No próximo artigo vou falar sobre a fase A que envolve estabelecer a Visão da Arquitetura onde o escopo do trabalho é definido.    


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