No artigo
anterior, verificamos como o Modelo de Conteúdo de Arquitetura
Corporativa se relaciona ao Guia DAMA para o corpo de conhecimento da
gestão de dados (Guia DAMA-DMBOK). Hoje avaliaremos o Guia de Comitê
de TI do SISP em relação ao mesmo Modelo de Conteúdo, sugerido a
partir desse
artigo.
O Guia de Comitê de TI do SISP é resultado do esforço desenvolvido pela Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI), no intuito de facilitar a implantação e o funcionamento do Comitê de Tecnologia da Informação nos órgãos integrantes do Sistema de Administração de Recursos de Tecnologia da Informação (SISP).
Em
sua 2a versão, o Guia descreve as principais atividades e
características do Comitê de Tecnologia da Informação (TI) e do
Comitê Executivo de TI, em atendimento à Estratégia Geral de
Tecnologia da Informação do SISP (EGTI) referente ao período
2013-2015. Apresenta como o Comitê de TI poderá contribuir na
tomada de decisão, na criação de políticas, na priorização dos
projetos, na distribuição dos recursos de TI e na gestão de
riscos, assuntos estes de suma importância para que se realize a
integração da TI com as áreas finalísticas das organizações
governamentais.
O
Guia reconhece que a Governança de TI é parte da Governança
Corporativa, estabelecendo como elementos eficazes para a Governança
de TI:
- Estruturas para a tomada de decisão, com definição dos papéis organizacionais e respectivos responsáveis pelas decisões voltadas para a TI. Como exemplos: Comitê administrativo executivo ou sênior, Comitê Executivo de TI, Comitê Estratégico de TI, Comitê de arquitetura e Gerentes de relacionamento.
- Processos de integração: processos formais para verificar a adequação dos comportamentos diários com as políticas de TI e de contribuição com as decisões, tais como: Monitoramento e controle dos projetos de TI e dos recursos distribuídos, Estabelecimento de níveis de serviço e Medição do desempenho da gestão de TI.
- Comunicação: disseminação dos princípios e práticas de TI, bem como dos resultados dos processos decisórios de TI: comunicações da alta gerência, planos de comunicações, portais web e intranets para a TI.
Nesse sentido, o Modelo de Conteúdo de Arquitetura Corporativa poderá apoiar o Guia de Governança de TI do SISP, por meio da implementação dos blocos:
- Competências: em função da definição dos atores, papéis e responsabilidades relacionadas às diversas estruturas para a tomada de decisões.
- Processos: estabelecendo os processos que compõem o ciclo de funcionamento dos comitês de TI, bem como o seu relacionamento com as entidades componentes dos demais blocos do Modelo como, Negócios, Estratégia, Projetos, Riscos e Conformidade e Tecnologia da Informação.
O Modelo de Conteúdo de Arquitetura Corporativa suporta a disseminação das informações uma vez que possibilita apresentar e correlacionar todos os componentes da organização, incluindo a forma de disponibilização de seus serviços, processos internos e finalísticos, projetos, necessidades e resultados obtidos, enfim, tudo o que for importante e passível de apresentação para as partes interessadas.
A possibilidade de correlacionamento das informações advindas dos blocos do Modelo permite ainda a geração de informações cruzadas que servirão de base para a tomada de decisões sob responsabilidade dos diversos comitês de TI criados, assim como da alta liderança e demais gestores de cada organização participante do SISP.
Da mesma forma, essa característica do Modelo facilita a integração entre as diretrizes estratégicas e objetivos da organização aos recursos de TI, gerando valor aos serviços a serem disponibilizados pela organização pública.
O próximo artigo abordará o tema Arquitetura Corporativa e o Relatório de Levantamento de Governança de TI na Administração Pública.
Acho que o PEN (Processo Eletrônico Nacional) poderia ser o veículo para se implantar um ESB de entidades ao estilo DAMABok (person). O PEN já pretende unificar protocolos entre o SIAPE, SICAF, SIORG, etc., e seria o veículo ideal para tal. Já trabalhei na implantação de arquitetura parecida em Ingres em 95 na Centrus (pessoa), que vigora até hoje, e em SQL Server. Seria a solução, aproveitando-se da implantação do SEI em vários órgãos da APF para padronização das entidades do governo brasileiro, evitando-se redundância e inconsistências.
ResponderExcluir