No post anterior abordamos o Redesenho de Serviços Públicos uma ação de grande porte voltada para a melhoria da gestão e governança nas organizações públicas e seus relacionamentos aos preceitos da governança corporativa.
O Guia de Comitê de TI do SISP, elaborado pela Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI), visa facilitar a implantação do Comitê de Tecnologia da Informação e o seu pleno funcionamento nos órgãos integrantes do Sistema de Administração de Recursos de Tecnologia da Informação (SISP).
O Guia descreve algumas características e atividades do Comitê Estratégico de Tecnologia da Informação (TI) e do Comitê Executivo de TI, em atendimento à Estratégia Geral de Tecnologia da Informação e Comunicações (EGTIC) 2013-2015. Apresenta como o Comitê de TI poderá contribuir na tomada de decisão, na criação de políticas, na priorização dos projetos, na distribuição dos recursos de TI e na gestão de riscos, assuntos estes de suma importância para que se realize a integração da TI com as áreas finalísticas.
A SLTI está elaborando a nova Estratégia de Governança Digital (EGD) inovando na utilização das tecnologias da informação e comunicação. A nova estratégia (figura 01) tem o objetivo de melhorar a informação e a prestação de serviços, incentivando a participação dos cidadãos no processo de tomada de decisão.
O documento da EGD está disponível para contribuições da sociedade no Participa.br. Os interessados em participar dessa construção devem acessar a página do documento até 17 de julho.
Além da participação diretamente no documento, é possível propor e priorizar iniciativas diretamente na página da comunidade da EGD: http://www.participa.br/egd - lá será possível contribuir com os princípios da Estratégia e com propostas de iniciativas para os eixos de Informação, Serviços e Participação Social.
O documento da EGD está disponível para contribuições da sociedade no Participa.br. Os interessados em participar dessa construção devem acessar a página do documento até 17 de julho.
Além da participação diretamente no documento, é possível propor e priorizar iniciativas diretamente na página da comunidade da EGD: http://www.participa.br/egd - lá será possível contribuir com os princípios da Estratégia e com propostas de iniciativas para os eixos de Informação, Serviços e Participação Social.
Figura 01 – Eixos estratégicos da nova EGD
O Guia de Comitê de TI está em consonância com o segmento Áreas de Integração para o Governo Eletrônico da ePING, que estabelece a padronização de especificações técnicas para sustentar o intercâmbio de informações em áreas transversais da atuação governamental, de forma a buscar a interoperabilidade de serviços de Governo Eletrônico Brasileiro.
Para mapear a convergência das ações aos pilares da governança corporativa foi desenvolvido um modelo constituído de dois componentes: elementos e conexões.
Os elementos são conceituados de acordo com sua especificidade e são relacionados a outros elementos por intermédio de conexões.
As conexões são estabelecidas de acordo com o elo de ligação entre os elementos identificados nas ações objeto dessa avaliação.
O modelo de alinhamento das ações de governança pode ser acessado em:
Elementos e conexões do Guia de Criação e Funcionamento do Comitê de TI:
- Estruturas para tomada de decisão;
- Processos de integração;
- Comunicação.
Figura 02 – Guia de Comitê de TI do SISP
Estruturas para tomada de decisão
Governar a Tecnologia da Informação (TI) de uma organização torna-se mais importante numa sociedade cada vez mais complexa. O objetivo de alto nível da governança de TI pode ser atingido pelo reconhecimento desta como parte da governança corporativa, mediante o estabelecimento de um sistema de governança de TI, composto por uma variedade de estruturas e relacionamentos.
Desta forma, percebe-se a necessidade da criação de uma estrutura e o estabelecimento de práticas adequadas à organização, que direcionem os esforços para a concepção e a implementação de um sistema de governança de TI, com Comitês Estratégico e Executivo de TI, mais abrangente e aderente aos objetivos do negócio, com a com definição dos papéis organizacionais e respectivos responsáveis pelas decisões.
Conexões das Estruturas para tomada de decisão com outros elementos:
- Governança de TI;
- Governança Corporativa;
- Liderança da Alta Administração TI - TCU;
- Bloco Planejamento - Gespública;
- Arquitetura Corporativa;
- 4 - Institucionalização das estruturas, papeis e direitos decisórios das organizações públicas - IBGP.
Figura 03 – Conexões das Estruturas para tomada de decisão
Processos de integração
O elemento chave da Governança de TI é a integração entre os objetivos e as diretrizes estratégicas da organização e as ações de TI, visando criar valor às organizações por meio do uso dos recursos de TI.
Processos formais para verificar a adequação dos comportamentos diários com as políticas de TI e de contribuição com as decisões, tais como: monitoramento e controle dos projetos de TI e dos recursos distribuídos; estabelecimento de níveis de serviço e medição do desempenho da gestão de TI.
Conexões dos Processos de integração com outros elementos:
- Processos TI - TCU;
- 9 - Desenvolvimento humano para a boa governança com foco na entrega de valor público - IBGP;
- Prestação de Contas - IBGC;
- ITIL - Information Technology Infrastructure Library;
- Indicadores de Desempenho dos Processos.
Figura 04 – Conexões dos Processos de Integração
Comunicação
Numa sociedade cada vez mais baseada em conhecimento faz-se cada vez mais necessária a disseminação dos princípios e práticas de TI, bem como dos resultados dos processos decisórios de TI, através de comunicações da alta gerência e planos de comunicações.
Conexões da Comunicação com outros elementos:
- Transparência - IBGC;
- Informações e Comunicações - COSO;
- Informações TI - TCU;
- Bloco Ação - Gespública;
- Sistemas de Informação - Modelo de Arquitetura Corporativa.
Figura 05 – Conexões da Comunicação
O Mapa do alinhamento da ação à Governança Corporativa destaca a interoperabilidade, que pode ser entendida como uma característica que se refere à capacidade de diversas organizações trabalharem em conjunto de modo a garantir que pessoas, organizações e sistemas computacionais interajam para trocar informações de maneira eficaz e eficiente.
Não deixe de ler também o artigo de Alexandre Coutinho que trata da Arquitetura Corporativa e o Guia de Comitê de TI do SISP.
No próximo artigo abordaremos os Princípios para Boa Governança Pública.
Acho que o PEN (Processo Eletrônico Nacional) poderia ser o veículo para se implantar um ESB de entidades ao estilo DAMABok (person). O PEN já pretende unificar protocolos entre o SIAPE, SICAF, SIORG, etc., e seria o veículo ideal para tal. Já trabalhei na implantação de arquitetura parecida em Ingres em 95 na Centrus (pessoa), que vigora até hoje, e em SQL Server. Seria a solução, aproveitando-se da implantação do SEI em vários órgãos da APF para padronização das entidades do governo brasileiro, evitando-se redundância e inconsistências.
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