O Brasil está evoluindo na
adoção de Sistemas de Informações Geográficas (GIS) e o ano de
2014 promete ampliar as oportunidades de negócios em alguns
segmentos da economia. Atenta às demandas do mercado a computerworld
apresentou a lista das principais tendências sobre o uso dessa
tecnologia para esse ano no País, tendo como referência pesquisas
realizadas pela Imagem, empresa que se destaca no segmento.
Veja abaixo algumas das
análises por setor:
Agronegócio high tech
Para 2014 entre as
tecnologias que apresentam aderência às geotecnologias estão: a
conexão wireless, a mobilidade e a computação em nuvem. A
agricultura e a silvicultura moderna deverão direcionar mais
atenções para essas tecnologias para alcançar alta produtividade.
Na gestão dos processos operacionais, conceitos como Big Data e
Location Analytics darão um novo sentido aos negócios.
Toda tecnologia empregada
no campo integrada com o GIS ampliará a capacidade de análises,
adicionando a dimensão geográfica nos processos de tomada de
decisões. Novas aplicações com foco em mobilidade (Apps)
possibilitarão aos gestores uma visão clara do que está
acontecendo no campo, de maneira rápida e ágil.
Geotecnologias e
negócios
Para 2014 o mercado de
negócios busca produtividade e melhoria do relacionamento com o
cliente. Neste sentindo, são cinco principais tendências no uso da
inteligência geográfica: mobilidade, permitindo acesso remoto e
consumo de informações em campo; integração com sistemas de BI e
CRM, ampliando a capacidade de análise destas ferramentas e consumo
de diversos dados; disseminação de informação, ao dispor de
painéis de operação com indicadores de negócios por região;
mapeamento de mídia social para identificar as áreas mais atuantes
e retorno do investimento em comunicação e visão unificada do
cliente, ao consolidar os diversos dados corporativos em visões
únicas.
Gestão da geoinformação
para o governo
A gestão da geoinformação
será um diferencial para a administração pública, principalmente
no que se refere à racionalização dos gastos, melhoria dos
processos de trabalho e aumento da transparência pública. A
Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE) e as
Infraestruturas de Dados Espaciais Locais (IDE) fortalecerão o
governo eletrônico, e também permitirão a integração de dados e
a interoperabilidade entre diferentes órgãos de forma ágil e com
qualidade. Outra consequência deste contexto será a democratização
da informação geográfica para os cidadãos, e a consolidação do
governo aberto (dados abertos).
Mais agilidade na
indústria petroquímica
Consolidação de
aplicações, mais colaboração entre unidades de negócio, aumento
das decisões tomadas com base em informações multidisciplinares,
mais mobilidade, conectividade e operações mais integradas. Um
conceito conhecido como Digital Oifield engloba ou está alinhado
diretamente com todas estas tendências que estão no caminho de
desenvolvimento da indústria petrolífera para 2014 e além.
O GIS é peça-chave disto,
em especial na visualização, mas também porque facilita a
integração, análise e compartilhamento de todo o tipo de
informação que circula em uma empresa de Oil&Gas. A plataforma
GIS que será usada para atender a estas funções deverá ser
igualmente integrada, baseada em padrões de mercado, assegurando a
fluidez da mesma informação pelos diferentes tipos de mídia e
dispositivos disponíveis.
Desafio das cidades
Em 2014, vê-se a
consolidação da tendência de exigir-se um governo centrado na
população, com serviços simplificados, desburocratizados e sempre
disponíveis com agilidade e resultados práticos. Isso só será
possível através da inovação e da integração entre os diversos
poderes, as muitas secretarias e os processos de trabalho envolvidos
no atendimento à população. A TI será centralizada para prover
esses serviços que deverão ser focados primeiro na população e
não mais nas necessidades internas da administração.
Geotecnologias na
educação
Em 2014, o setor de
educação deve se apropriar de maneira mais direta das
geotecnologias, sendo que alguns temas e aplicações devem ser
observados; na busca da educação integrada e transversal,
incentivando o protagonismo e o empreendedorismo, onde a pesquisa
científica deve dar respostas à sociedade de maneira
contextualizada, que permita a intervenção para mudanças. Estes e
outros temas são as tendências em destaque no setor de educação
para 2014.
Apoio à gestão da
segurança pública
O foco da segurança
pública no Brasil neste ano de muitos desafios aponta principalmente
para a importância da integração dos departamentos e secretarias
na gestão da segurança pública, destacando-se a gestão da
tecnologia, da informação e do conhecimento. Neste contexto a
geotecnologia apoia a eficiência de uma estruturação de
estratégias e políticas públicas que contemplem a integração nas
frentes de ações de prevenções e repressões da criminalidade,
fazendo uso de sua facilidade na coleta e manipulação de dados
provenientes de diversas fontes (policiais ou não).
Setor elétrico com mais
inteligência geográfica
O setor elétrico enfrenta
grandes desafios em 2014, motivado pela necessidade de se tornar cada
vez mais eficiente, reduzir seus custos, melhorar e garantir a
qualidade de abastecimento. Este mercado utiliza a inteligência
geográfica há bastante tempo – sobretudo para cadastro e projeto
de redes. Em 2014, continuarão as tendências de expansão do uso do
GIS fora destas áreas tradicionais, destacando-se a crescente
necessidade por soluções de mobilidade, de gestão e suporte à
decisão, que permitam às operadoras coletar, analisar e decidir
usando conjuntos de dados geográficos cada vez maiores –
caminhando para o smart grid.
GIS no saneamento básico
Com a aprovação do Plano
de Saneamento básico (PLANSAB) e um aporte do governo federal
estimado em R$ 508 bilhões até 2033, essa área tem grande desafio
a curto, médio e longo prazo, com vistas à universalização do
acesso aos serviços como um direito social, planejamento do futuro,
melhoraria das redes de saneamento e investimentos em saúde e
cidadania. Com um conhecimento geográfico é possível suportar
decisões de negócios, trazendo as informações em conjunto e
permitindo análises na segmentação dinamicamente.
Informação e
visibilidade para os cidadãos
Os governos que utilizam
GIS estão promovendo uma nova reestruturação social, econômica e
cultural que altera, de forma relativa, três grandes vetores de
valor do sistema capitalista: o tempo, o espaço (propriedade) e a
informação. O governo estadual que faz parte desse seleto grupo de
revolucionários, traz benefícios aos cidadãos e por consequência
a satisfação aos gestores que implementam a tecnologia e colocam
visibilidade de suas ações em prol da população.
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