A construção de um Mapa de Processos hierarquizado ou uma
arquitetura de processos é um dos principais fatores críticos de sucesso para a
gestão corporativa de processos.
Quando se fala em gestão pública essa assertiva toma um
vulto maior. Explico. Na iniciativa privada a arquitetura de processos permite
a visualização do impacto dos processos na Cadeia de Valor da empresa e,
portanto, a sua contribuição na geração de valor ao cliente. Tal contribuição
pode ser mapeada extrapolando os limites da organização, vindo desde os
fornecedores até uma possível logística reversa (no caso de produtos), passando
até mesmo por concorrentes.
Na gestão pública a geração de valor ao cliente, isto é, ao
cidadão é realizada por diversos órgãos dos três poderes e das três esferas de
governo, direcionados por políticas públicas, a prestação jurisdicional e a
atuação legislativa. Mas se analisarmos de forma sistêmica, o Estado exerce o
poder (outorgado pela sociedade) de gerir recursos para o cumprimento de suas
funções determinadas pelo texto constitucional.
Nessa linha de pensamento, cada entidade pública, o terceiro
setor e mesmo o próprio cidadão, concorrem, em última instância, para a
realização destas funções. Portanto, forma-se (ou deveria ser formar) uma Rede
de Valor, na qual todos os processos finalísticos, de gestão ou de apoio estão
vetorizados para impulsionar o Estado na direção do cumprimento de seu papel.
Na realidade atual os processos vinculados às funções de Estado
têm baixa conectividade o que leva a uma perda substancial de valor agregado
quando se compara a um sistema mais sinérgico. Os ganhos de um sistema
integrado são tão grandes quanto as perdas de um sistema desestruturado.
Desta forma, a integração dos processos de negócio governamentais
em uma arquitetura, baseada em uma Rede de Valor, torna-se essencial para que
haja um maior controle, por parte dos gestores, do impacto de seus processos no
resultado final da função de governo. No mesmo sentido, proporciona uma
distribuição e utilização mais racional de recursos (humanos, financeiros,
patrimoniais, de infraestrutura etc.).
Não há dúvida que o principal beneficiário de um sistema
integrado é a própria sociedade que teria a sua disposição um serviço prestado
de forma ágil e tempestiva, deixando o cliente-cidadão de circular em busca dos
serviços e fazendo com que os serviços, de preferência através de um mesmo canal, sejam
levados a ele, no momento pertinente. E, no
mesmo sentido, torna a Administração Pública uma estrutura mais flexível e apta
a responder de forma eficiente e eficaz às demandas da sociedade.
Até a próxima!
Mapear uma Rede de Valor é algo complexo como o Modelo Integrado de Processos – MIP.
ResponderExcluirO MIP contribui para a governança através do mapeamento da rede de normativos, caderno de serviços e cadeia de valor.
https://kumu.io/Guto/mip
Isso aí, Guttenberg, a Rede de Valor do Governo deve ser mapeada de forma a ser possível a visualização da agregação de valor de cada processo de negócio governamental na busca do cumprimento das funções de Estado.
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