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Processos em notação VBPMN - parte 3

No post anterior mostramos como a equipe que modelava um processo de atendimento tinha chegado à situação de ter mapeados os valores envolvidos, com suas respectivas características de validade - fruto do trabalho em paralelo de todas as pessoas que contribuíam para o resultado final.

Esquematicamente, era como se tivéssemos o estado retratado na figura abaixo, em que cada contribuição individual pode ser vista (repare como ganhamos tempo ao proceder assim, pois o mapa do processo global vai sendo construído simultaneamente por cada colaborador):



Propositalmente posicionamos o arranjo com os resultados finais a serem entregue pelo processo no canto direito da figura e aqueles mais internos (os grandes insumos da cadeia de valor) mais à esquerda. Os responsáveis pela entrega dos valores finais da cadeia procederam, então, à identificação - dentre os valores mapeados - daqueles que seriam necessários para que o resultado ocorresse; em outras palavras, quem estava mais à direita no modelo começou a buscar quais insumos (a serem transformados no resultado), referências (orientações para a transformação) e infraestruturas (a serem consumidas no processo) deveriam estar presentes para que seu trabalho fosse concluído com êxito. No caso de percepção de algum valor não mapeado inicialmente, ele era incluído pelo responsável por sua existência.

O passo seguinte dado pela equipe foi a discussão das características de qualidade apresentadas por cada elemento: se a pessoa a entregar um resultado necessitava que um determinado insumo (ou referência, ou ainda infraestrutura) lhe fosse repassado em um período máximo de 5 dias após o início do processo, mas o gerador do insumo havia registrado como característica de qualidade a entrega em, pelo menos, 7 dias, era estabelecido um debate até que um alinhamento fosse conseguido. Só então (quando os níveis explícitos de qualidade estavam pacificados) as conexões do processo eram estabelecidas.




De forma análoga, os critérios esperados para a sincronia dos componentes foram compatibilizados e, realizando o mesmo trabalho para todos os valores modelados (ou seja, caminhando "do fim para o começo" no mapa), o processo foi construído coletivamente, apresentando um comportamento como o visto abaixo:



Observando mais de perto o que foi modelado, percebemos claramente que o mapa acima apresenta muito mais detalhes que um hipotético mapa que fosse construído da forma tradicional; além dos agentes e das atividades envolvidas, aqui temos explícitos os valores presentes no processo (é, de fato, uma cadeia de valores!), seus papéis - insumos, referências ou infraestruturas - e todas as descrições correspondentes de seus níveis de qualidade. A documentação que obtivemos e´, portanto, muito mais rica que aquela a que chegaríamos se não usássemos a abordagem em questão. O foco do modelo foi constantemente mantido nos resultados a serem entregues - o modelo foi construído a partir deles - e, uma vez que todos os participantes do processo colaboraram e discutiram para a modelagem, seu entendimento do trabalho e seu comprometimento com os resultados tendem a ser muito maiores.

No último post deste breve estudo de caso iremos comentar a geração de subprocessos a partir da grande cadeia de valores e a simulação e emulação de processos. Até lá!



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