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FACIN e o Modelo de Responsabilidade Organizacional – 4

No post anterior abordamos as estruturas Clientes, Processos de Negócios e Regras da Visão Negócios do Framework de Arquitetura Corporativa para Interoperabilidade no apoio à Governança - FACIN.

Neste artigo vamos explorar as seguintes estruturas:


Figura 1 – Estruturas da Visão Negócios do FACIN 

Há dois tipos de Estrutura Organizacional: formal e informal. Estrutura Formal é aquela apresentada pelo organograma onde todas as relações são formais. Estrutura Informal é o relacionamento entre as partes fora do organograma onde as relações não estão previstas.

Nosso foco será a estrutura formal assim definida por alguns autores:
  • “Estrutura organizacional é o instrumento administrativo resultante da identificação, análise, ordenação e agrupamento das atividades e dos recursos das empresas, incluindo o estabelecimento dos níveis de alçada e dos processos decisórios, visando ao alcance dos objetivos estabelecidos pelos planejamentos das empresas”. (Oliveira, 2006).
  • "Estrutura Organizacional compreende a disposição das diversas unidades que compõem a empresa - departamentos, divisões, seções etc. – e as relações entre superiores e subordinados. Deve abranger os deveres, responsabilidades, os sistemas de autoridade e de comunicações existentes." (Cury, 2000).
Os modelos de estruturas podem ser agrupados em:
  • Tradicional: funcional, territorial, clientes, processos, projetos, matricial ou mista; 
  • Contemporâneo: redes, invertida, teia de aranha ou raios de sol.
Figura 2 – Evolução das estruturas do tradicional ao contemporâneo

Ainda visando ao alcance dos objetivos, a Cadeia de Valor (figura 3) é uma representação gráfica de como a empresa se organiza para gerar valor e vantagem competitiva, ou seja, é um conjunto de atividades inter-relacionadas que uma organização realiza para criar valor para os seus clientes.

As organizações necessitam pensar seus processos como entidades completas que começam com uma necessidade do cliente e terminam quando esta necessidade é satisfeita. 

Ignorar os processos, ou pensar nos processos como coisas que acontecem dentro dos silos departamentais, é insuficiente para promover a melhoria no desempenho das organizações e o aumento da satisfação dos seus clientes.

Uma Cadeia de Valor pode ser decomposta em Macroprocessos de Governança, de Negócios e de Suporte. Cada macroprocesso é composto por processos e subprocessos.

Figura 3 – Cadeia de Valor de uma Empresa de TI

Plano de Capacidade aborda outra forma de se representar as atividades. Adaptado do Time-Driven ABC Model, de Robert Kaplan, o modelo efetua um mapeamento da capacidade produtiva com o objetivo de identificar o quantitativo de pessoal adequado para a companhia.

O modelo TDABC é considerado uma metodologia transparente, escalonável, fácil de ser implementada e atualizada. O modelo permite aos gestores obter informações importantes sobre produtividade, de forma rápida e barata, pela identificação do resultado apurado através da estimativa dos tempos unitários das atividades.

Realiza-se o levantamento primário de dados em todas as áreas funcionais para efetuar a identificação das atividades, figura 4, de acordo com o serviço prestado.

Figura 4 – Plano de Capacidade

O plano de capacidade tem como base a matriz dos Cadernos de Produtos e Serviços e de Gestão e Suporte ao Negócio, agrupados por torres segundo a categoria dos serviços. 

Os serviços do caderno são subdivididos em serviços internos, analogamente à Cadeia de Valor e seus processos e subprocessos. Os serviços internos se desdobram em várias atividades, as quais sustentam o levantamento do Plano de Capacidade.

Em outra camada, figura 5, o levantamento está associado às necessidades da Arquitetura de Processos de Negócio, materializada na Cadeia de Valor.
Atividades também sustentam os processos do ITIL - Information Technology Infrastructure Library, conjunto de boas práticas para serem aplicadas na infraestrutura, operação e gerenciamento de serviços de tecnologia da informação.

Figura 5 – Diagrama de relacionamento das atividades

O diagrama representa as pessoas distribuídas nas áreas da organização executando atividades ligadas à diversos elementos tais como: Serviços Internos, Caderno de Serviços, Processos ITIL, Cadeia de Valor e Instalação de Produtos, condizente com o Modelo de Responsabilidade Organizacional.

É preciso, portando, trabalhar a interoperabilidade dos processos críticos e de relevância estratégica da organização que entregam valor aos clientes, à sociedade, ao cidadão.

No próximo artigo abordaremos as Estruturas Conhecimento e Papel da Visão Negócios do FACIN, fiquem ligados!

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