No artigo anterior abordamos a necessidade de transformação digital pelas organizações para melhor atender às demandas de serviço advindas da sociedade. Hoje trataremos da Estratégia de Governança Digital, desenvolvida pelo Governo Brasileiro, relacionada à essa necessidade.
De forma geral, nas organizações públicas brasileiras, ao longo dos anos, em termos de evoluções tecnológicas, o aspecto técnico predominou sobre os demais aspectos organizacionais e, em face de condições restritivas – tempo, custo e escopo – suas entregas não permitiam que as capacidades de interoperabilidade, ainda que padrões fossem adotados por meio da ePing, tornem-se predominantes e plenamente habilitadas. Além disso, a gestão mais orientada a entregas e resultados e menos na gestão contínua pós-entrega, estimulou um cenário cada vez maior de sistemas e informações isoladas.
Com o propósito de introduzir uma nova cultura transformadora para a gestão pública, focando na melhoria da oferta de serviços públicos por meio digital, a EGD – Estratégia de Governança Digital foi desenvolvida como um norteador para que programas, projetos, atividades e sistemas relacionados possam ser guiados, integrados e simplificados, gerando sinergia, eficiência e economicidade para o Estado Brasileiro e seus atores.
Criado a partir de práticas e orientações globais sobre o tema da Governança Digital, a EGD também tem como propósito a orientação e integração das iniciativas da APF relativas ao uso de infraestruturas, plataformas, sistemas e serviços tecnológicos, melhorando a questão do acesso à informação e otimização das capacidades utilizadas.
Em outro ponto de vista, a EGD trata a questão “inside-out” (de dentro para fora) – levando a preocupação sobre a eficiência, organização e transparência dos recursos para todas as partes interessadas - e também “outside-in” (de fora para dentro) – compreendendo a percepção de valor sobre a oferta dos serviços públicos para a sociedade e a experiência destes na utilização pelas partes interessadas.
Estruturada a partir de Princípios (9) e Objetivos Estratégicos (10) – os quais são detalhados em indicadores, metas e iniciativas atribuídos a diferentes atores da APF – a EGD é o instrumento principal para a transformação digital do Governo Federal. A EGD apresenta “O que fazer” para que a transformação digital aconteça.
Para mais detalhes, a EGD pode ser acessada aqui.
No próximo artigo trataremos do Framework de Arquitetura Corporativa para Interoperabilidade no Apoio à Governança, o FACIN, e a sua relação com a EGD.
Muito bom!
ResponderExcluirExcelente Alexandre Coutinho !
ResponderExcluirAlém da relação do FACIN com a Estratégia de Governança Digital - EGD, no âmbito de uma Empresa Pública do Governo Estadual, poderíamos destacar o alinhamento da EGD com a Estratégia de Longo Prazo, a Política de TIC instituída pelo Decreto Estadual Nº 46.765, as determinações da Lei 13.303, o Decreto Estadual Nº 47.154, o Plano Plurianual de Ação Governamental – PPAG , o Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação – PDTIC e as melhores práticas de Governança Corporativa.