Aqui eu comento sobre a arte de pintar e finalizo questionando sobre a analogia
entre a pintura e a modelagem da arquitetura corporativa.
O ponto é que
quando desejamos modelar algo, como, por exemplo, a arquitetura corporativa de
uma empresa, primeiro é necessário saber sobre qual realidade o modelo será construído, ou seja, a “coisa” existente na realidade que será representada.
Depois precisamos ter o conceito, ou seja, a abstração que será feita para
traduzirmos a realidade. E por último, o símbolo
que utilizaremos nessa representação, ou
seja, os instrumentos que serão utilizados.
Esses três
aspectos estão totalmente interligados em qualquer modelagem que façamos. Outra
analogia que podemos utilizar é a fala, visto que esta também pode ser vista
como uma forma de modelagem. Nela temos o “do que” estamos falando – a
realidade –, o conceito que ele representa e o símbolo que utilizamos que é o
idioma, ou seja, as palavras em si. Repare que quando fazemos uma tradução,
estamos mudando apenas os símbolos. Os conceitos e a coisa continuam os mesmos
e é justamente por isso que conseguimos nos comunicar.
Arquitetura
Corporativa é, em essência, os modelos que representam uma organização. É claro
que temos todas as práticas associadas à construção e uso desses modelos, mas
não temos como praticar Arquitetura Corporativa sem modelagem.
Analise, por
exemplo, o diagrama abaixo:
Essa imagem,
apresentada dessa forma, sem que digamos sobre qual realidade ela está se
referindo, sem indicarmos os conceitos que estão sendo abstraídos e sem identificarmos
a linguagem que utilizamos, tem seu poder de representatividade reduzido a
retângulos coloridos!
Essa é a Arte de Modelar!
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