O TOGAF...
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e a construção de uma casa
No post anterior eu imaginei como seriam os passos para a
construção de uma casa e terminei perguntando se havia alguma relação entre a história
contada e Arquitetura Corporativa. Como esse não é um blog sobre construção
civil, você deve ter pensado: "é óbvio que a ligação existe!" Agora explico que essa ligação está justamente no método de
desenvolvimento da arquitetura proposto pelo TOGAF.
O TOGAF[1] é
um framework de arquitetura corporativa. Ele é desenvolvido e mantido pelo
Fórum de Arquitetura do The Open Group, teve sua primeira versão publicada em
1995 e, atualmente, está na versão 9.1.
O TOGAF é composto por seis partes. Sua parte central é o Método de Desenvolvimento de Arquitetura
(ADM). O método é operado pela capacidade
de arquitetura e tem sua execução apoiada por uma série de técnicas e orientações. Todo o conteúdo
produzido é organizado pelo Framework de
Conteúdo de Arquitetura e armazenado no repositório, que é classificado de
acordo com o Continuum Corporativo.
O repositório, inicialmente, é preenchido considerando-se os Modelos de Referência.[2]
É importante termos isso em mente porque é um erro comum
achar que o desenho de bolinhas é
o TOGAF. Na verdade, ele é o ADM que, embora seja a mais importante, é apenas
uma das seis partes do TOGAF. O ADM estabelece uma metodologia para o
desenvolvimento e manutenção de uma Arquitetura Corporativa.
Voltando à história do post passado, eu a iniciei imaginado
que havíamos decidido construir uma casa e apresentei todos os passos até a
finalização da sua construção. Agora, vamos imaginar que decidamos construir a
arquitetura corporativa de uma empresa. A primeira pergunta é: “por onde
começar?” Como eu não tenho a resposta, contrato um arquiteto.
O arquiteto me diz que ANTES de começar há uma série de
questões que precisam ser resolvidas: qual método será utilizado? qual
ferramenta? quem fará parte da equipe de arquitetura? como será a interface da
arquitetura com as demais áreas da empresa? a arquitetura será centralizada ou
distribuída? quais princípios pautarão a arquitetura?
Esta é, justamente, a fase preliminar definida pelo ADM do
TOGAF! Posso dizer que essa é a fase mais trabalhosa do ADM e que o sucesso da
iniciativa de Arquitetura Corporativa está diretamente relacionado à boa
execução dessa fase. Por isso, não hesite em investir tempo do projeto nesta
fase.
Depois de resolvidas essas questões preliminares, é hora de
explicar para o arquiteto o que desejamos. Em palavras mais técnicas, é hora de
estabelecer uma visão de como deve ser nossa arquitetura futura para atender às
metas estratégicas de negócio. O principal resultado desta fase é um Documento
de Visão da Arquitetura, que, simplificadamente, corresponde à planta
apresentada pelo arquiteto na história anterior.
É importante destacar que, durante a fase A, podem ser
elaboradas várias Visões da Arquitetura até que uma delas seja considerada
ideal.
Continuando, de forma análoga à construção da casa, para
construirmos a arquitetura corporativa precisamos de mais detalhes. Para a
construção da casa, teríamos plantas hidráulica, elétrica, de iluminação etc.
Na arquitetura corporativa, as “plantas” são chamadas de arquitetura de domínios e são quatro[2].
Mas, esse é assunto para meu próximo post!
Até lá!
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