Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2016

O Desenvolvimento do Governo Eletrônico do Brasil, nos últimos 8 anos, pela perspectiva da ONU

  O “ United Nations Department of Economics and Social Affairs ” (UNDESA) publica desde 2003 um relatório intitulado “ United Nations E-Government Survey ” com o objetivo de avaliar o índice de desenvolvimento em governo eletrônico de todos os 193 estados membro. Para avaliar a tendência do desenvolvimento do e-gov brasileiro serão analisados os Relatórios de Desenvolvimento de Governo Eletrônico da ONU, desde 2008 até a recente publicação em 2016, totalizando 5 pesquisas publicadas bianualmente (United Nations, 2008-2016). A metodologia da UNDESA utiliza, para avaliar o desenvolvimento em e-gov dos países, o índice de desenvolvimento em governo eletrônico (EGDI), que é uma média ponderada de três pontuações sobre as dimensões do e-gov: índice de serviços online (OSI), índice de infraestrutura de telecomunicação (TII) e índice de capital humano (HCI). Para compor o conjunto de índices OSI, os pesquisadores da ONU acessam o portal nacional de cada país, o portal de e-ser

A Gestão, a Governança, a Arquitetura e a Interoperabilidade - Parte V

Interoperabilidade, Gestão, Governança e Arquitetura Corporativas, como seus conceitos e práticas se incorporam ao FACIN - Framework de Arquitetura Corporativa para  Apoio à Governança e Interoperabilidade - promovendo uma melhor organização dos recursos e uma consequente melhoria dos serviços prestados pelo governo  à sociedade (cidadãos, governos, empresas e organizações) ? [vide posts anteriores I , II , III ,   IV ] O FACIN Se a estrutura organizacional e suas competências fazem parte de um conjunto de prioridades necessárias para que a governança – e a implementação da Arquitetura Corporativa – seja realizada em uma organização, é fato que devemos contar com algo que esteja acima delas, viabilizando a interoperabilidade em suas três dimensões: técnica, semântica e organizacional. Nesse contexto é importante ainda promover o alinhamento entre os serviços prestados pela administração pública, os sistemas e soluções de TI que os suportam, a infraestrutura requerida

Decisões como dados dinâmicos - Um caso prático (parte 4)

Postagem anterior nesta série A modelagem de uma decisão possui alguns padrões e estilos de abordagem, que facilitam o trabalho do analista de decisões. Neste exercício usaremos uma abordagem inspirada na metodologia The Decision Model (TDM), proposta por Barbara von Halle e Larry Goldberg em 2009, no livro "The Decision Model: A Business Logic Framework Linking Business and Technology". Um resumo do livro pode ser encontrado aqui . Um ponto principal na abordagem TDM é o foco na integridade e completude dos modelos, e no entendimento de que uma decisão depende de dados (tipos de fato) precisamente definidos (em termos de negócio) para a qualidade do resultado da decisão. Isto, em geral, é feito através da construção de um glossário que mantém todas as informações sobre os vários tipos de fato de condição (dados de entrada) e de conclusão (dado de saída) que serão utilizados no modelo de decisão. Portanto, a primeira tarefa em um projeto de modelagem é definir:

A Fase Preliminar não pode ser como na Caverna do Dragão

No final da década de 80 e início dos anos 90, um desenho fez bastante sucesso na televisão brasileira: Caverna do Dragão . Para quem não é meu contemporâneo, no primeiro episódio, um grupo de seis jovens entra em uma montanha russa chamada “Dungeons & Dragons” e, durante o passeio, um portal se abre e os transporta para outro mundo – o Reino. Todos os demais episódios mostram o grupo passando por diversas aventuras, na tentativa de retornarem para casa. Mas, sempre, quando eles estão quase conseguindo, são atrapalhados por motivos diversos e nunca conseguem retornar. É exatamente isso que não pode acontecer com a fase preliminar. Ela precisa terminar! A fase Preliminar é a primeira do Método de Desenvolvimento da Arquitetura sugerido pelo TOGAF (falei um pouco sobre ela nesse post ).  Nesta etapa acontece a institucionalização da prática de Arquitetura Corporativa na empresa. É claro que essa fase é

Decisões como dados dinâmicos - Um caso prático (parte 3)

Postagem anterior nesta série Esta postagem faz parte de uma série que irá demonstrar como as regras de conferência na apresentação de documentos para a emissão de passaportes para brasileiros pode ser modelada utilizando-se a notação  DMN-Decision Model and Notation v1.1 , padrão publicado pelo OMG. Na primeira postagem introduzimos o assunto, e na segunda postagem apresentamos as regras de negócio divulgadas através do sítio da Polícia Federal. Nesta semana, faremos uma rápida apresentação da notação DMN, para que vocês possam acompanhar o processo de modelagem. O Padrão de Notação DMN O  Decision Model and Notation (DMN) é um padrão da indústria, mantido pelo OMG, para a modelagem e execução de decisões que são determinadas através de regras de negócio. O DMN foi publicado inicialmente em 2015, a versão atual é o DMN v1.1, publicado em 2016 e está atualmente passando por um período de rápida adoção, pelas seguintes razões: Padrão aberto : O DMN não é de propriedade

O TOGAF é Realmente Difícil de Implantar?

O TOGAF [1] é um dos frameworks de arquitetura corporativa mais conhecidos no Brasil. Ele é desenvolvido e mantido pelo Fórum de Arquitetura do The Open Group. Eu falei um pouco sobre seu principal componente – o ADM – (1) e (2) . O padrão que descreve a versão 9.1 do TOGAF é um documento de quase 700 páginas! Nele encontramos orientações para implantação da prática de Arquitetura Corporativa em qualquer corporação. Dentre essas orientações podemos destacar um método para desenvolvimento da arquitetura (o ADM) e um metamodelo descrevendo os elementos que devem ser modelados e mantidos pela prática de arquitetura (o Framework de Conteúdo). Podemos dizer que não há nenhuma surpresa nisso e que orientações como essas são esperadas (e, principalmente, desejadas!) de um framework de arquitetura. O TOGAF contém ainda uma descrição detalhada do repositório de arquitetura e, também, um guia com as questões que devem ser cons

A Gestão, a Governança, a Arquitetura e a Interoperabilidade - Parte IV

Nas partes anteriores deste artigo ( I , II e III ) tratamos os conceitos e práticas de interoperabilidade, de gestão e de governança, como pontos focais do  FACIN - Framework de Arquitetura Corporativa para  Apoio à Governança e Interoperabilidade - e sua  relação com a prestação de melhores serviços à sociedade (cidadãos, governos, empresas e organizações). É sobre o que promove esta "liga" o tema de hoje: A Arquitetura Alinhar os diversos órgãos do governo não é algo que possa ser obtido somente considerando variáveis de vontade política ou mesmo de uma eficiente visão de processo, requer uma disciplina que una as diversas visões que possam representar o desdobramento de suas finalidades, não de forma individual, mas sim como um todo, sua missão, seu objetivo, seu foco na sociedade. Governos em todo o mundo atualmente investem esforços e recursos neste sentido, buscam na Governança Corporativa a disciplina necessária para a sinergia e na Arquitetura Corp