No final da década
de 80 e início dos anos 90, um desenho fez bastante sucesso na televisão
brasileira: Caverna do Dragão.
Para
quem não é meu contemporâneo, no primeiro episódio, um grupo de seis jovens
entra em uma montanha russa chamada “Dungeons & Dragons” e, durante o
passeio, um portal se abre e os transporta para outro mundo – o Reino. Todos os
demais episódios mostram o grupo passando por diversas aventuras, na tentativa
de retornarem para casa. Mas, sempre, quando eles estão quase conseguindo, são atrapalhados
por motivos diversos e nunca conseguem retornar.
É exatamente isso
que não pode acontecer com a fase preliminar. Ela precisa terminar!
A fase Preliminar
é a primeira do Método de Desenvolvimento da Arquitetura sugerido pelo TOGAF (falei
um pouco sobre ela nesse post). Nesta etapa acontece a
institucionalização da prática de Arquitetura Corporativa na empresa.
É claro que essa
fase é de extrema importância. A qualidade de sua execução pode determinar o sucesso
ou o fracasso da iniciativa de Arquitetura Corporativa. Mas o risco que corremos
é nunca chegarmos ao término dela. Como há várias questões complexas (inclusive
questões políticas internas à empresa) que precisam ser resolvidas, pode acontecer
de nunca nos sentirmos prontos o suficiente para começarmos a, efetivamente, praticar
Arquitetura Corporativa.
Sabendo a
finalidade para que a prática de Arquitetura Corporativa está sendo institucionalizada
e, também importante, as pessoas interessadas nas informações que serão geradas,
poderemos melhor direcionar a execução da fase Preliminar.
É exatamente esse que
deve ser o meu parâmetro para a fase preliminar. Precisamos saber que tipo de
resposta queremos ter com Arquitetura Corporativa e, a partir daí, montarmos a
estrutura para alcançarmos essas respostas. Depois, com o tempo, podemos fazer
novas perguntas e, assim, revisitaremos a fase Preliminar. Ao tentar seguir
essa lógica, deparei-me com outro problema:
Como acompanhar a institucionalização da prática
de Arquitetura Corporativa e sua futura evolução de forma clara, simples e
objetiva?
Há alguma fórmula para
conseguirmos isso? Podemos usar as armas mágicas utilizadas na Caverna do Dragão?
Minha sugestão é mais
simples do que essa! A abordagem proposta por mim consiste em uma adaptação do Business Model Canvas[1] para
esse fim.
Mas esse é assunto
para um próximo post! Até lá.
<< Esse texto foi produzido juntamente com a palestra, proferida por mim, realizada no evento promovido pelo The Open Group.>>
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