Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens com o rótulo padrões

Normas internacionais e a inclusão do setor de TI no mercado global

Lendo hoje (2016-07-29) uma notícia no site do jornal Valor Econômico sobre as dificuldades enfrentadas pela indústria automobilística brasileira ( http://www.valor.com.br/empresas/4651721/crise-do-rolima-expoe-dilema-das-montadoras ), vi que um dos fatores que contribuem para a amplificação do problema, segundo o entrevistado, é a desindustrialização do setor: faltam esferas de metal ou, para os saudosistas, rolimãs. Resolvi ler o artigo, mais pelo saudosismo de ler rolimãs no título da reportagem, mas me deparei com alguns elementos da análise do entrevistado que me remeteram imediatamente ao isolamento que percebo da indústria brasileira de TI em relação à participação nas discussões das normas internacionais de TI. Muitos elementos do artigo refletem os impactos da falta de capacidade da indústria nacional em suprir sua própria cadeia produtiva, gerando necessidades de importação de peças que, mesmo aparentemente sendo de menor valor, são fundamentais para a produção final daq

Computação em Nuvem: que padrão adotar?

 A dificuldade no acompanhamento da elaboração e manutenção de padrões O fato de algo ser difícil não implica diretamente que seja impossível. Uma dificuldade requer um maior empenho em sua solução ou uma avaliação dos benefícios oriundos de sua superação. O mesmo pensamento se aplica ao acompanhamento das diversas atividades simultâneas e, muitas vezes, conflitantes no acompanhamento da produção ou manutenção de padrões, principalmente quando se leva em conta a dispersão geográfica de todas as entidades envolvidas. Como exemplo, vou falar sobre o tema ao qual tenho me dedicado nos últimos anos: normas técnicas de computação em nuvem. Somente as organizações envolvidas na atualização da página http://cloud-standards.org/wiki/index.php?title=Main_Page já representam um universo de 16 entidades: •    Cloud Standards Customer Council •    Distributed Management Task Force (DMTF) •    The European Telecommunications Standards Institute (ETSI) •    Global Inter-Cloud Techn

A Importância da Contabilidade para a Governança Corporativa

Segundo o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), a “governança corporativa é o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre Acionistas/Cotistas, Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria Independente e Conselho Fiscal. As boas práticas de Governança Corporativa têm a finalidade de aumentar o valor da sociedade, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para a sua perenidade”. A contabilidade tem por objetivo manter a estrutura para oferecer mais controles em relação aos propósitos da empresa, gerando e fornecendo informações financeiras contábil-financeiras para todos os envolvidos no processo. Devido a grande amplitude deste assunto, a Governança Corporativa tornou-se objeto de estudo em várias áreas, como finanças, contabilidade, economia, administração, direito e etc. Embora a contabilidade seja importantíssima para o estudo da Governança Corporativa, a contribuição dos acadêmicos de contabilidad

O Estabelecimento de Regulamentações com Base em Normas e Padrões

Com a recente entrada em consulta nacional do FACIN, o Framework de Arquitetura Corporativa e Padrões de Interoperabilidade, alguns segmentos de mercado passam a enfrentar o dilema constante: a adoção de padrões e normas é ou não obrigatória? O uso de normas técnicas tem se mostrado fundamental para que fornecedores sejam capazes de competir em um mercado global com minimização de barreiras técnicas que possam, eventualmente, impedir a adoção de seus produtos e serviços. Tornou-se também fundamental para o aspecto de proteção ao consumidor, ao servir de base para a resolução de problemas de incompatibilidade entre produtos e serviços de fornecedores diversos. No caso específico de telecomunicações, as interações entre redes, protocolos e serviços de uso constante e universalizado jamais poderiam existir sem uma base sólida de normalização internacional em que todos as partes interessadas (governo, academia e setor privado) estejam plenamente envolvidos. Ao analis

Geoprocessamento do Ministério do Meio Ambiente

Geoprocessamento é um instrumental tecnológico fundamental para o conhecimento da realidade e definição de ações. O Ministério do Meio Ambiente utiliza essa tecnologia nos estudos técnicos que desenvolve, procurando estar sempre atualizado em relação aos avanços científicos nas áreas de obtenção, processamento e difusão de dados espaciais. Tendo como parâmetro para o desenvolvimento de sistemas o uso de programas de computador  livres , o MMA procura utilizar sempre alternativas de qualidade, criando produtos que possibilitem aos usuários explorarem a base de dados geográficos disponível.  Conheça os de maior destaque . Para permitir que as pessoas utilizem a tecnologia de geoprocessamento acessando o conjunto de dados disponíveis no MMA e em outras instituições, desenvolvemos uma aplicação denominada  mapa interativo . Esse produto não exige nenhuma instalação adicional de programas no computador do usuário, bastanto um navegador para internet e uma conexão com essa rede. A

Direto da fonte: discussões sobre o novo projeto de norma internacional sobre Governança de Dados

Vou fazer uma pequena pausa na série de posts sobre o suporte legal às atividades de normalização no Brasil por um motivo simples: nesta semana (que se iniciou em 28/09/2015) e na próxima (que se inicia em 05/10/2015) estou em Dublin participando, como delegado brasileiro, das reuniões do grupo de trabalho JTC 1/SC 40/WG 1, Governança de TI,   e da reunião plenária e de grupos de trabalho do JTC 1/SC 38, Computação em Nuvem e Plataformas Distribuídas. No caso específico do SC 38,   tenho a responsabilidade extra de ter que liderar a reunião do grupo de trabalho WG 5, que está trabalhando um projeto de norma internacional sobre o fluxo de dados entre dispositivos e provedores de serviços de nuvem. O grupo no qual estou participando nesta primeira semana de reunião é responsável pelos projetos relativos à Governança de TI, que se iniciou há alguns anos em outro grupo de trabalho e culminou na publicação da norma ISO/IEC 38500, revisada em 2015. Como esta norma já está bem estrut