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O Momento do Gerenciamento de Decisões de Negócio

O Gerenciamento de Decisões de Negócio é uma disciplina relativamente nova no cenário das disciplinas de gestão empresarial, se comparada com disciplinas como o Gerenciamento de Processos, que remonta ao início do Século 20, ou o Gerenciamento de Dados, que tem suas origens nos idos de 1950. Podemos viajar ao passado não mais que ao final dos anos 1990, quando o Business Rules Group publicou um trabalho seminal no campo do estudo das regras de negócio que regem o comportamento das organizações[1]. Trabalhos contemporâneos de Ronald Ross[2] e Barbara von Halle[3] impulsionaram o surgimento de toda uma nova disciplina, o Gerenciamento de Regras de Negócio, que rapidamente ganhou a aceitação e a adesão do mercado. Inúmeras iniciativas de transformação e desenvolvimento de sistemas passaram a usar os novos conceitos, que se surfou em uma onda crescente de adeptos e praticantes ao longo dos anos 2000. Mas, o que, exatamente, propunham estes desbravadores? O trabalho do BRG justifica a ...

BPM - Uma Obra em Movimento

(Imagem: http://hugojhoaz.blogspot.com.br/) Estou lendo um ensaio que há algum tempo estava na fila de leitura, do famoso autor Umberto Eco, chamado Obra Aberta, no qual o mesmo explora cientificamente a Obra de Arte e a dinâmica da relação entre o autor e o observador do objeto artístico. Eco descreve como o observador traz toda uma bagagem cultural, sensorial e intelectiva para “interpretar” a poética transmitida pelo artista. O autor, em sua pesquisa, analisa obras concebidas com uma aparente univocidade, passando por produções já com uma simbologia mais aberta, chegando às obras contemporâneas  deliberadamente abertas, nas quais os autores convidam os fruidores a interferirem e co-criarem  o objeto artístico, se tornando, por sua  capacidade de assumir estruturas infinitas, Obras em Movimento. Foi impossível, para mim, não fazer um paralelo com o mundo dos processos organizacionais. Quando inauguramos um projeto de melhoria de processos e in...

Normas internacionais e a inclusão do setor de TI no mercado global

Lendo hoje (2016-07-29) uma notícia no site do jornal Valor Econômico sobre as dificuldades enfrentadas pela indústria automobilística brasileira ( http://www.valor.com.br/empresas/4651721/crise-do-rolima-expoe-dilema-das-montadoras ), vi que um dos fatores que contribuem para a amplificação do problema, segundo o entrevistado, é a desindustrialização do setor: faltam esferas de metal ou, para os saudosistas, rolimãs. Resolvi ler o artigo, mais pelo saudosismo de ler rolimãs no título da reportagem, mas me deparei com alguns elementos da análise do entrevistado que me remeteram imediatamente ao isolamento que percebo da indústria brasileira de TI em relação à participação nas discussões das normas internacionais de TI. Muitos elementos do artigo refletem os impactos da falta de capacidade da indústria nacional em suprir sua própria cadeia produtiva, gerando necessidades de importação de peças que, mesmo aparentemente sendo de menor valor, são fundamentais para a produção final daq...

O TOGAF... e a continuação da construção de uma casa

O TOGAF... ...e a continuação da construção de uma casa No post anterior eu falei um pouco sobre o TOGAF – The Open Group Architecture Framework – e iniciei a explicação das semelhanças que existem entre a construção de uma casa e o principal componente do TOGAF: o ADM – Método de Desenvolvimento da Arquitetura. Como vimos , a primeira fase do ADM é a Preliminar na qual todas as questões metodológicas relacionadas à Arquitetura são definidas. Depois da fase preliminar iniciam-se as rodadas de arquitetura. A primeira fase de uma rodada é a fase A. Visão da Arquitetura . Nesta fase será definida, em alto nível, a arquitetura futura que desejamos alcançar. Voltando à analogia com a construção da casa, depois de definido o esboço da nova casa, precisaríamos das plantas mais detalhadas, ou seja, teríamos, por exemplo, que construir as plantas hidráulica, elétrica e de iluminação. Na arquitetura corporativa, as “plantas” são chamadas de arquitetura de domínios e são quatro [1...

Transparência Organizacional

Como Estamos? Transparency International Hoje vou tratar de algumas análises elaboradas pela Transparency International , que trata de avaliar o nível de corrupção nos países. Calma, tem tudo a ver com transparência. Eu vou chegar lá. A Transparency International , é uma organização não governamental (ONG) que existe desde 1993, e hoje possui mais de 100 afiliadas e parceiros espalhados pelo mundo todo. A definição de transparência que eles adotam é a seguinte: "Transparência está relacionada a lançar luz sobre regras, planos, processos e ações. É saber o porquê, como, o quê, e quanto. A transparência garante que os funcionários públicos, agentes civis, gestores, conselheiros e empresários ajam de forma visível e compreensível, e informem sobre suas atividades. Isso significa que o público em geral pode responsabilizá-los. É a maneira mais segura de se proteger contra a corrupção, e ajuda a aumentar a confiança nas pessoas e instituições nas quais nossos futuro...