Conforme
já divulgado recentemente nas diversas mídias da Comunidade Áreas de
Integração, o FACIN foi utilizado na Oficina FACIN/ABEP, realizada entre os dias 13
de junho e 25 de julho, momento em que o framework foi posto em prática pelas
entidades estaduais associadas à Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia
da Informação e Comunicação - ABEP-TIC.
Essa Oficina teve como objetivo principal, para as
associadas, trabalhar a interoperabilidade entre os estados e entre estes e o
governo federal e discutir como o FACIN pode apoiar na análise e tomada de
decisão dentro de um órgão, porém em uma visão compartilhada.
A oficina foi
realizada com base em uma dinâmica de cenários. Dentre alguns cenário
propostos, um foi selecionado. A oficina passou então a focar na questão
levantada pelo cenário compreendendo as atividades de identificação da situação
atual do cenário (problema), identificação da proposta de situação futura (a
solução), análise e modelagem dos cenários atual e proposta.
Bem, nos meus
artigos em 2016 tratei bastante do tema Arquitetura Corporativa e como este
tema pode atuar como uma ferramenta no apoio a implantação e transparência
pública.
O que eu vinha
discutido e repito aqui, é que transparência significa mais do que prover
acesso a informação. Também está relacionada a facilitar o uso,
garantir a qualidade, melhorar o entendimento e garantir a auditabilidade. Mas para que isso tudo seja possível, devemos pensar em organização e relacionamento de
informações antes de qualquer coisa, porque não temos como tornar transparentes
informações que estão desorganizadas, onde nada se conecta com nada.
E foi isso que pode ser percebido durante a
realização da oficina. Através de uma linguagem comum e o uso de conceitos e
relacionamentos uniformes (através do framework de conteúdo do FACIN) foi
possível estabelecer um caminho de discussão e interação, onde todos puderam
participar e, principalmente, onde todos falaram a mesma língua.
Através de depoimentos dos participantes, foi possível perceber que:
- O Framework de Conteúdo do FACIN foi capaz de
unificar a forma como o conhecimento sobre o problema e sobre a proposta de
solução era visto por todos.
- O Framework de Conteúdo do FACIN foi também
testado para definir se a semântica (de conceito e relacionamento) proposta contempla
o necessário para apresentar (transparecer) todas as informações relevantes
para a análise e tomada de decisão por parte de órgãos e entidades de governo.
- As ações realizadas para a condução da
oficina, e que também servirão de inspiração para a construção do método de
desenvolvimento da arquitetura corporativa de um órgão, tiveram um preocupação
grande, ao meu ver em:
o Discutir o foco no cidadão e nas suas
necessidades. Apesar do cidadão não ter feito parte do processo (o que o
tornaria mais transparente) por questões de tempo, discutiu-se a visão do
cidadão em relação a como o agendamento de serviços poderia ser provido da
melhor forma e quais os objetivos da Sociedade de forma geral em relação a essa
questão.
o Entender e modelar o cenário não somente pelo
seu aspecto tecnológico, mas transparecer sua relação com objetivos a serem
alcançados e com o serviço de governo em termos de procedimentos e relações
interinstitucionais, antes de definir os tratamentos tecnológicos necessários.
Este racional ajuda a transparecer porque decisões são tomadas e os desafios
nas suas diversas camadas.
Ainda
é necessário trabalhar formalmente os aspectos de transparência necessários a
cada camada de arquitetura corporativa (estratégia, negócio, aplicações, dados,
infraestrutura, GRC, segurança, programas/projetos e sociedade), mas já foi possível
perceber o caráter natural do FACIN em promover transparência dentro de um órgão
e entre eles.
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