Por Vanessa Nunes
Olá pessoal! Lendo o artigo do colega Sergio Tanaka, aqui neste blog, que tratou de discutir sobre “Como são classificadas as cidades mais inteligentes do mundo”, achei que seria interessante falar (e divulgar) um trabalho do qual venho participando junto à Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas (RBCIH) na proposta de estabelecimento de uma metodologia para avaliação anual das prefeituras das cidades que fazem parte da RBCIH.
A Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas (RBCIH) é um movimento nacional que reúne profissionais, pesquisadores, empreendedores e estudantes dos setores acadêmico, privado e público, com objetivo de trocar informações e experiências para o desenvolvimento das cidades na economia do século XXI.
Nesta primeira etapa foi desenvolvido um catálogo contendo os indicadores que permitem quantificar e/ou qualificar as dimensões que compõem o Conceito de Cidade Inteligente e Humana.
Veja que a definição da RBCIH para cidades inteligentes e humanas é a seguinte:
As Cidades
Inteligentes e Humanas são aquelas que sustentam sua própria evolução contínua
tendo como metas o bem-estar, a qualidade de vida e o empoderamento do cidadão
e das comunidades locais, sustentando seu desenvolvimento em ações, projetos
e políticas públicas que promovam de modo igualitário a colaboração entre comunidade,
poder público e sociedade civil para a mediação e solução de conflitos e
promoção da criatividade local, utilizando para isso tecnologias avançadas de
interação social e uma infraestrutura tecnológica resiliente, interoperável e
transparente de geração e gestão de dados de modo aberto e acessível em
constante aprimoramento e evolução, permitindo melhorar, incrementar e
automatizar as funções da cidade de modo eficiente, integrado, sustentável e
relevante para a população.
|
Foram definidas as seguintes dimensões: Governança; Arquitetura, Urbanismo e Antropologia, Tecnologia; Educação e Segurança. E os especialistas participantes foram alocados de acordo com suas especialidades. Minha participação mais ativa se encontra na Dimensão de Governança. Mais especificamente minha preocupação está na inclusão de elementos para medir transparência como fator que auxilie na avaliação de uma cidade de acordo com a definição proposta.
Metas como empoderamento do cidadão e das comunidades locais; políticas públicas que promovam colaboração entre poder público e a sociedade de maneira geral; criatividade nas sociedades; e infraestrutura interoperável só são possíveis quando as informações (organizadas) estão não só publicizadas, mais entendíveis e disponíveis para uso geral.
Transparência é um fator relevante para tornar uma cidade inteligente e humana!
Pensando nisso, foram propostos os seguintes indicadores para avaliar transparência:
Presença de item de navegação para
portal Acesso à Informação
|
Presença de item de navegação para
portal Transparência Pública
|
Presença de informações sobre
Receitas
|
Presença de informações sobre
Despesas
|
Presença de informações sobre
Licitações
|
Presença de informações sobre
Contratos
|
Presença de Relatórios Orçamentários
e Fiscais
|
Presença de mecanismos que garantam
ao cidadão o uso das informações em diferentes dispositivos/ plataformas-Dados
Abertos
|
Presença de Serviço de Informações ao
Cidadão
|
Possibilidade de solicitar
informações de forma eletrônica
|
Possibilidade de Acompanhamento da
situação/status do serviço demandado
|
Disponibiliza informações de
remuneração individualizada e nominal dos agentes públicos
|
Divulga informações de diárias e
passagens constando a relação nominal dos agentes favorecidos
|
Presença de informações sobre
política de privacidade e proteção de dados
|
Respeito ao prazo de atendimento a
solicitações previsto na Lei de Acesso a Informação (Há feedback para
indagação sobre tema genérico)
|
Estamos planejando aplicar os indicadores em algumas cidades. AGUARDEM!
Vamos em frente!
Até a próxima!
Comentários
Postar um comentário