Influência dos Frameworks na Arquitetura Corporativa visando Cidades Inteligentes

Por Sergio Akio Tanaka

RESUMO

No artigo anterior fora abordado como são classificadas as cidades mais inteligentes do mundo. Nesta postagem são apresentados uma série de frameworks relacionados por suas relações de influências e substituições realizadas durante a história dos frameworks de arquitetura corporativa. Desde o surgimento do conceito da arquitetura corporativa e a criação do Zachman Framework, uma série de modelos foram criados com novas iniciativas ou com a intenção de substituir frameworks existentes. O resultado da pesquisa, também apresenta os respectivos frameworks das cidades mais inteligentes do mundo e suas relações.

1 INTRODUÇÃO

Um framework consiste em uma construção lógica, alinhado a um conjunto de documentos, padrões e modelos reutilizáveis para implantação e o mapeamento de todo o processo de desenvolvimento da organização e como eles estão alinhados com a missão da mesma (Urbaczewski e Mrdalj, 2006).

De acordo com o The Open Group (2005), o uso de um framework de arquitetura corporativa auxilia na melhor utilização de tempo e simplifica o desenvolvimento da arquitetura e assegura que o crescimento da arquitetura seja proporcional ao crescimento do negócio.

 
Dentre os frameworks existentes, o que mais se destaca é o Zachman Framework, desenvolvido em 1987 como Information System Architecture (ISA). O Zachman Framework aborda questões sobre o negócio/sistema como o que fazer, como fazer, onde fazer, quem irá fazer, quando será feito e o porquê da realização dos processos da organização, e também quais são os escopos dessas questões, quais modelos e componentes serão utilizados na realização do processo (Zachman, 1987).   

Segundo Zachman (2008), o framework é classificado como uma ontologia, uma descrição abrangente e holística da arquitetura, sendo os demais frameworks para arquitetura corporativa, metodologias que realizam transformações nos negócios. A Figura 1 apresenta a disposição gráfica do framework.

Figura 1 – Zachman Framework

Além do Zachman Framework os modelos são classificados em três tipos:

• Os frameworks proprietários: são frameworks fechados ou semiabertos, desenvolvidos para uso próprio em corporações e com grande efetividade no negócio, já que são desenvolvidos a partir de um estudo de caso interno.

• Os frameworks colaborativos: são desenvolvidos de forma colaborativa, por representantes comerciais, acadêmicos e representantes governamentais. São desenvolvidos com intuito de determinar e desenvolver padrões de arquitetura e interoperabilidade.

• Os frameworks governamentais: baseados em frameworks colaborativos, usualmente utilizam de experiências de outros frameworks governamentais e padrões estabelecidos de interoperabilidade para suportar a prestação de serviço aos cidadãos e modelos de serviço eletrônico.

A Tabela 1 apresenta o estudo da relação entre frameworks/códigos de governança utilizados e as cidades mais inteligentes do mundo de acordo com o IESE (2017).

Tabela 1 – Cidades mais inteligentes do mundo versus os frameworks/códigos de governança.

2 INFLUÊNCIA DOS FRAMEWORKS

Minoli (2008) apresenta, na Figura 2, uma série de frameworks relacionados por suas relações de influências e substituições realizadas durante a história dos frameworks de arquitetura corporativa.

Figura 2 - Influência dos Frameworks

Dentre os frameworks apresentados na Figura 2, é notável a presença do Federal Enterprise Architecture Framework (FEAF, 2013), Zachman Framework e o The Open Group Enterprise Architecture Framework (TOGAF).

O FEAF utilizado pelos Estados Unidos da América, é o primeiro e mais influente framework a ser construído para utilização do governo em nível nacional. O FEAF, foi influenciado indiretamente pelo Zachman, framework que tem suas estruturas definidas em 1987, replicadas e adaptadas por outros frameworks até os dias atuais, devido  sua abordagem e holística sobre os conceitos de arquitetura corporativa.

O TOGAF é o mais influente entre os frameworks colaborativos, ele estabelece padrões globais de arquitetura corporativa e, de acordo com Urbaczewski e Mrdalj (2006), o TOGAF apesar de não fornecer detalhes dos aspectos de planejamento e manutenção, ainda é um dos mais abrangentes no que diz respeito ao processo de implementação envolvido.

Este artigo apresenta a relação direta entre os elementos e conceitos construídos e reforçados pelos frameworks de arquitetura e governança corporativa, com os conceitos analisados pelo órgão classificador em nível global de cidades inteligentes.

REFERÊNCIAS

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