Por Marcelo Neves
Neste artigo irei descrever em mais detalhes o importante trabalho que o analista de negócios realiza em seu dia a dia e suas contribuições para a organização. Em especial, destacarei o valor deste profissional no contexto de organizações públicas e afins.
Portanto, este artigo discorrerá sobre os dois seguintes tópicos:
- Quem é o analista de negócios
- O que faz um analista de negócios
1. Quem é o Analista de Negócios
Primeiramente, gosto de ressaltar que é difícil precisar a origem do papel de analista de negócios. Embora alguns profissionais procuram definir seu surgimento em função das crescentes demandas da organização para a TI, prefiro afirmar que este profissional é produto da combinação de diversos papéis pré-existentes. Com o passar dos anos este ganhou uma nova roupagem, através de uma reconceituação da própria disciplina de análise de negócios, onde fica evidente o foco na melhoria organizacional.
O analista de negócios precisa ser um profissional polivalente que através de suas múltiplas competências é capaz de exercer seu papel com maestria. Destaco as seguintes competências necessárias ao analista de negócios:
- Capacidade crítica e analítica;
- Pensamento sistêmico;
- Facilitação e negociação;
- Criatividade e capacidade de inovar;
- Capacidade de aprender novos domínios;
- Saber ensinar outros;
- Saber engajar pessoas em direção a um propósito.
Em organizações públicas este profissional atua geralmente no contexto da TI, procurando entender e validar as demandas feitas para a TI. Em muitos casos este profissional atua como tradutor da estratégia organizacional e, do ponto de vista do negócio, é aquele que entende e procura traduzir as necessidades da organização em recursos da TI.
2. O que faz o analista de negócios
O profissional de análise de negócios possui varias atribuições que destacam sua atuação ímpar na organização. Sua atuação estratégica na implementação de melhorias organizacionais envolve as seguintes atividades:
- Entender o problema/demanda;
- Identificar a causa raiz do problema;
- Apontar alternativas de solução;
- Identificar o melhor curso de ação para se resolver um problema;
- Identificar pontos de melhoria em solução em produção;
- Avaliar a prontidão organizacional para uma nova solução.
O entendimento de uma demanda e/ou problema é parte fundamental do trabalho de análise de negócios, para que posteriormente a tarefa de recomendação de soluções seja assertiva. Entender o problema se faz mister em um contexto onde recursos públicos devem ser cada vez mais otimizados e preservados.
Entender a demanda envolve compreender os seguintes elementos:
- O problema;
- Sintomas do problema;
- Causas do problema;
- Resultados esperados;
- Efeitos que os resultados irão produzir na organização;
- Recursos necessários para produzir os resultados.
Após entender a demanda, o analista deve ser capaz de identificar os possíveis cursos de ação que podem ajudar a organização a produzir o resultado desejado. Tão importante quanto identificar os diferentes e possíveis caminhos é saber apontar quais destes é o mais apropriado. Portanto, é tarefa do analista apontar a solução mais apropriada.
Como se não bastasse toda a responsabilidade envolvida no entendimento do problema e recomendação da solução mais apropriada, este deve ainda assegurar que, após a utilização dos recursos, a organização alcance os resultados esperados e consequentemente usufrua dos efeitos produzidos.
Sendo assim, embora o princípio da eficiência tenha surgido somente como princípio a partir da Emenda Constitucional n. 19 de 04 de junho de 1998, podemos concluir que este elemento sempre se fez presente no poder público. E, debaixo deste paradigma, cada vez mais elementar, o analista de negócios é peça preponderante para a eficiência da gestão pública, oferecendo ricas contribuições para a redução do desperdício na administração pública.
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