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Bandeira do Estado de Sergipe |
Neste artigo
veremos como
o Modelo de
Arquitetura Corporativa, sugerido
a partir desse artigo, está alinhado ao trabalho realizado pela
Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag)
do Estado de Sergipe na
implantação do Projeto
intitulado “Governo Direto”.
O vídeo da
apresentação deste projeto, realizada por Deborah Arôxa,
superintendente da Seplag à época, encontra-se disponível no Canal da Comunidade Áreas de Integração no YouTube.
A Seplag foi
criada em 2011, consolidando a Secretaria de Planejamento e de
Administração com o objetivo de fornecer as diretrizes para todas
as áreas de governo, desde o planejamento até a realização das
despesas.
Até então haviam
grandes dificuldades na integração de iniciativas, sistemas,
processos e dados de
governo. Os dados dos cidadãos, por exemplo, eram duplicados em cada
uma das Secretarias, sem qualquer padronização e em estruturas
próprias. Essa situação gerava uma grande dificuldade para o
cidadão associada à morosidade nos
processos do estado e
o aumento dos custos de manutenção da máquina pública.
Em suma, o Projeto
Governo Direto busca tornar os serviços ofertados aos cidadãos, pelo
Estado de Sergipe, mais eficazes e efetivos com menor burocracia e
reduzir os gastos
envolvidos na gestão de processos do Estado.
A fim de coordenar
as ações do estado, partindo do Planejamento Estratégico
Plurianual,
desdobrando-o para a implementação dos processos e projetos, com
ações mais efetivas de monitoramento, um Escritório
de Governança
foi criado. O
Escritório teve como
objetivo inicial integrar
as áreas de Projetos, Processos e Estratégia, a
partir de 2014.
Na
perspectiva da
melhoria dos serviços prestados ao cidadão Sergipano, o
governo contratou uma
empesa especializada no intuito de otimizar os processos
administrativos desempenhados pelos órgãos do
estado, partindo do
mapeamento de sua Cadeia de Valor.
Adotou
ainda o
sistema Business
Process Management System
(BPMS), que objetiva conhecer melhor
os processos das
áreas e buscar a
automatização destes processos.
A ação do
Escritório de Governança possibilitou a monitoração e
controle de qualidade
na execução
dos processos e na
prestação dos serviços
vinculados, buscando ainda uma forma única de acesso ao cidadão na
busca pelos serviços públicos do estado, independente
de qual órgão entregava o serviço, tanto na esfera municipal
quanto na esfera
estadual.
A estruturação
do Escritório de Governança considerou a necessidade de enxergar as
ações direcionadas pelo Escritório de Projetos de forma a garantir
a sua plena integração com as ações do Escritório de Processos e
ambas as áreas totalmente alinhadas com a estratégia definida.
Com recursos
adquiridos por meio do Banco Mundial, o projeto Governo Direto
apostou
no avanço tecnológico dos cursos aliado à valorização
profissional do servidor público. Ao
todo, foram quatro meses de cursos de capacitação nas áreas de
Administração de Bancos de Dados, Analista de Processos,
Arquitetura de Tecnologia Orientada a Serviço, Business
Intelligence e
Ferramentas em Gestão Organizacional, clarificando
os papéis e perfis dos colaboradores tanto
no uso do ferramental quanto no que se refere aos processos dos
quais participam.
Paralelamente
foram conduzidos esforços para a criação e definição da
estrutura de metadados para dados abertos, integração para a base
de dados do Governo Direto, permitindo o Cadastro Integrado do
Cidadão e a construção de WebServices
que permitam a atualização sistemática desses dados, contemplando
as áreas de saúde, educação, segurança pública e
cadastro civil.
Todos os novos
sistemas deverão seguir um padrão de interoperabilidade criado
que agrega padrões
de criptografia, regras de segurança e permissão de acesso,
estrutura de dados, canais e disponibilização da informação,
entre outros.
O Projeto Governo
Direto encontra-se ainda em implantação, entretanto, alguns
benefícios já foram
notados de imediato
em algumas situações.
A entrega de
carteiras de passe livre para idosos, por
exemplo, passou de 45
dias para apenas 1 dia, apenas com a revisão de processos e
simplificação de
regras, com a
participação de todos
os atores envolvidos.
A fim de dar maior
agilidade para o
desenvolvimento e
acompanhamento de
seus projetos, bem
como em suas entregas,
o Escritório de Governança optou pelo uso da Metodologia Canvas
para Projetos.
O Project
Model Canvas
(PMO) é uma metodologia robusta de gerenciamento de projetos, sem o
preenchimento de inúmeros documentos e sem burocracia.
O modelo “Canvas"
se basea
no conceito de "design
thinking",
ou seja expressar ideias de forma gráfica.
Este modelo é
utilizado não somente para o gerenciamento de projetos mas também
para a criação de produtos e criação
de modelos de
negócio, entre outras possibilidades.
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PMO Canvas |
Apoia-se
também sobre a ferramenta 5W2H (na figura que representa PMO,
na variação 4W2H),
o qual, basicamente, é um checklist
de determinadas
atividades que precisam ser desenvolvidas com o máximo de clareza
por parte dos colaboradores da empresa.
O nome desta
ferramenta foi assim estabelecido por juntar as primeiras letras dos
nomes (em inglês) das diretrizes utilizadas neste processo. Abaixo
você pode ver cada uma delas e o que elas representam:
What – O que
será feito (etapas)
Why – Por
que será feito (justificativa)
Where – Onde
será feito (local)
When –
Quando será feito (tempo)
Who – Por
quem será feito (responsabilidade)
How – Como
será feito (método)
How much –
Quanto custará fazer (custo)
O 5W2H também é
a base para a maioria dos frameworks de Arquitetura
Corporativas existentes. Uma arquitetura corporativa se constitui em
dimensões (5W2H, ou suas variações) associadas a conceitos
empresariais, como é o caso do framework Zachmann, do
framework TOGAF e do Modelo de Arquitetura Corporativa proposto.
A partir daí já
podemos notar um forte alinhamento entre o trabalho realizado pela
Seplag de Sergipe e o nosso Modelo Arquitetônico.
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Modelo de Arquitetura Corporativa |
Os blocos de
Estratégia, Projetos e Processos do Modelo de Arquitetura estão
diretamente vinculados às 3 atividades ligadas ao Escritório de
Governança de Sergipe: Estratégia, Escritório de Projetos e
Escritório de Processos.
O alinhamento não
para aí. Os sistemas e dados a serem integrados, a necessidade de
padronização de formas de acesso e infraestrutura tecnológica
envolvidos se encontram no bloco de Tecnologia da Informação do
Modelo de Arquitetura Corporativa.
O mapeamento dos
atores, papéis e conhecimentos necessários à realização do
trabalho, por sua vez, está associado ao bloco de Competência.
Os itens de segurança encontram-se previstos no bloco Riscos e Conformidade.
Os itens de segurança encontram-se previstos no bloco Riscos e Conformidade.
Por fim, os
Serviços, foco principal de melhoria buscado no Projeto Governo
Direto, são previstos no bloco Negócios do Modelo.
Soma-se a
possibilidade de visão integrada entre todos esses componentes
organizacionais apresentado pelo Modelo de Arquitetura Corporativa.
Veja também o
artigo
de Guttenberg Passos, o qual retrata o alinhamento do Projeto
Governo Direto aos Pilares da Governança Corporativa.
No próximo artigo trataremos da relação entre a Arquitetura Corporativa e o DAMA-DMBOK .
No próximo artigo trataremos da relação entre a Arquitetura Corporativa e o DAMA-DMBOK .
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de deixar aqui a sua
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