Olá! No
artigo anterior vimos
como a arquitetura corporativa pode apoiar aos Princípios
para Governança
Corporativa sugeridos
pelo IBGP.
Hoje apresentaremos a visão de como o Modelo de Conteúdo de Arquitetura Corporativa, proposto em uma série de artigos publicados no blog cujo início pode ser acessado aqui, poderá apoiar aos Princípios definidos pelo IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Para mais detalhes, você poderá, facilmente, ter acesso a toda essa série de artigos, seguindo os links indicados em cada um.
O
IBGC é uma organização exclusivamente dedicada à promoção da
Governança Corporativa no Brasil e o principal fomentador das
práticas e discussões sobre o tema no País.
Uma
das principais publicações do IBGC,
o Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa, que
está em sua 4a
edição, apresenta "recomendações que contribuem
para a criação de melhores sistemas de governança nas organizações
brasileiras, bem como para seu bom desempenho e longevidade".
O Código foi desenvolvido com foco em organizações empresariais, entretanto, os princípios e práticas da boa Governança Corporativa são adaptáveis a outros tipos de organizações, como, por exemplo, estatais, fundações e órgãos governamentais.
O IBGC conceitua Governança Corporativa, como “o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre proprietários, Conselho de Administração, Diretoria e órgãos de controle. As boas práticas de Governança Corporativa convertem princípios em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor da organização, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para sua longevidade”.
A
seguir veremos os quatro princípios básicos de Governança Corporativa
descritos pelo IBGC, bem como o alinhamento do
Modelo de Conteúdo de Arquitetura Corporativa a esses princípios.
“Transparência
Mais
do que a obrigação de informar é o desejo de disponibilizar para
as partes interessadas as informações que sejam de seu interesse e
não apenas aquelas impostas por disposições de leis ou
regulamentos. A adequada transparência resulta em um clima de
confiança tanto internamente quanto nas relações da empresa com
terceiros. Não deve restringir-se ao desempenho
econômico-financeiro, contemplando também os demais fatores
(inclusive intangíveis) que norteiam a ação gerencial e que
conduzem à criação de valor.”
Quando
tratamos de órgãos públicos, não somente os membros de seus
conselhos consultivos, componentes de diretorias, funcionários e
outros órgãos/clientes são partes interessadas. O público em
geral, os cidadãos, talvez sejam os maiores interessados na real
transparência dessas organizações, tanto no que se refere à
gestão de gastos e aplicação de políticas públicas mas também
como usuários dos serviços públicos ofertados. Dessa forma é
desejável que tais órgãos implementem modelos de transparência
para suas decisões e ações de forma a clarificar e permitir a
avaliação do desempenho dos seus investimentos e a mensuração
de seus resultados em termos de efetividade, eficiência, eficácia.
O Modelo de Conteúdo de Arquitetura Corporativa sustenta este princípio possibilitando apresentar e correlacionar todos os componentes da organização, incluindo a forma de disponibilização de seus serviços, processos internos e finalísticos, projetos, necessidades e resultados obtidos, enfim, tudo o que for importante e passível de apresentação para as partes interessadas.
“Equidade
Caracteriza-se
pelo tratamento justo de todos os sócios e demais partes
interessadas (stakeholders). Atitudes ou políticas discriminatórias,
sob qualquer pretexto, são totalmente
inaceitáveis.”
Este
é um princípio de carácter
comportamental e depende quase que exclusivamente das atitudes e
posturas tomadas pelos gestores públicos ou pelo corpo governante da
organização. Entretanto, o Modelo de Conteúdo de Arquitetura Corporativa atua
como um instrumento de auxílio à governança e à gestão ajudando
a repartir de forma adequada entre todas as partes interessadas, os
benefícios, incluindo os produtos e serviços produzidos pela
organização. A possibilidade de associar cada grupo de stakeholders
aos seus principais interesses (serviços, processos, custos
associados, etc), apoia fortemente essa necessidade.
“Prestação
de Contas (accountability)
Os
agentes de governança devem prestar contas de sua atuação,
assumindo integralmente as consequências de seus atos e omissões.”
O Modelo de Conteúdo de Arquitetura Corporativa apoia este princípio permitindo apresentar
os componentes da organização relacionados aos atos e ações
praticadas por meio da estratégia, metas definidas, resultados
alcançados, bem como as justificativas para as decisões tomadas.
“Responsabilidade
Corporativa
Os
agentes de governança devem zelar pela sustentabilidade das
organizações, visando à sua longevidade, incorporando
considerações de ordem social e ambiental na definição dos
negócios e operações.”
Uma
boa estrutura de controles internos e de gestão de riscos são
pré-requisitos para que uma organização seja gerida de forma
adequada provendo, consequentemente,
uma base para a boa governança.
Todas as camadas apresentadas no Modelo de Conteúdo de Arquitetura Corporativa podem apoiar os gestores e governantes ao apresentar quais os recursos existentes e necessários na organização de forma a atender seus objetivos estratégicos, considerando menores custos e a maior racionalização desses recursos, sejam eles relacionados à Tecnologia da Informação, à Infraestrutura Física ou às Competências. Importante frisar que o princípio tem ainda uma forte ligação com a Camada de Riscos e Conformidade.
Para mais informações sobre o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, e ter acesso ao Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa, visite o site www.ibgc.org.br.
Não
deixe de ler os artigos de Vanessa Nunes e Guttenberg Passos vinculados ao tema.
O próximo artigo tratará do tema Arquitetura Corporativa e o Projeto Governo Direto do Estado de Sergipe
O próximo artigo tratará do tema Arquitetura Corporativa e o Projeto Governo Direto do Estado de Sergipe
Um
grande abraço e até a próxima!
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