O conceito de órgãos públicos que prestam serviços um ao outro não é nada novo, mas não acontece tão frequentemente quanto poderia. Sabichões da política, da mídia, agentes e gestores públicos concordam que o conceito faz sentido.
Uma organização pública cria algo, e compartilha essa experiência com outro órgão público, a um custo que fornece algumas economias de tempo e dinheiro. É mais eficiente, rápido e todos ficam felizes.
Ambiente fértil para G2G
Para o G2G ser viável não pode haver obstáculos políticos e guerras territoriais. Não pode haver desafios de governança. O viés do não inventado aqui também deve estar de fora das instituições que querem co-produzir serviços públicos em parceria.
Para o G2G ser viável não pode haver obstáculos políticos e guerras territoriais. Não pode haver desafios de governança. O viés do não inventado aqui também deve estar de fora das instituições que querem co-produzir serviços públicos em parceria.
Os serviços partilhados funcionam melhor quando são construídos com grandes relacionamentos profissionais. Essas relações podem ser entre os gestores das organizações envolvidas, ou entre o pessoal na linha de frente.
Uma das partes não pode estar em posição superior. Os envolvidos devem ser colegas que compartilham a ideia do interesse público antes de tudo e assim procuram maneiras criativas e a um custo menor para resolver questões comuns. A partir disso, então é só uma questão de determinar como o modelo de prestação de serviço funcionará, e se faz sentido para todos os envolvidos.
Como começar
O compartilhamento começa durante um encontro entre duas pessoas de instituições diferentes, mas com funções parecidas que estejam trabalhando em projetos com escopos semelhantes. Pense em quantos projetos parecidos o Governo possui? E se ao invés de cada um com seu projeto nós juntássemos forças para evitar o retrabalho, para aprender uns com os outros evitando erros e potencializando as forças?
E a WeGov com isso?
Somos mais do que uma empresa que organiza cursos e eventos para o setor público. Somos um espaço colaborativo de aprendizado em governo amparada pelo conceito Learning by Doing (Aprender fazendo). As oficinas e eventos que organizamos possuem exclusivamente as premissas:
1) empoderar os agentes públicos;
2) iluminar ideias e ações que possam ser replicadas;
3) promover a aproximação interinstitucional entre agentes públicos das 3 esferas e dos 3 poderes.
Esse conjunto de premissas existe justamente para facilitar o G2G na prática.
“Minha cidade tem uma equipe de GIS premiada, que começou a fornecer serviços de consultoria de GIS para outras cidades. Nosso primeiro cliente foi a cidade de Yountville, Califórnia, um paraíso.
Tudo começou com conversas entre os líderes da cidade que se conhecem bem, e cresceu a partir daí. Nossa equipe teve a honra de servir como parte da equipe de Yountville, e estamos gerando receita para compensar os nossos próprios custos do programa GIS. Esperamos construir sobre este modelo e trabalhar com outras cidades e agências nos próximos anos para expandir o uso de GIS.
Compartilhamento de serviços entre órgãos públicos funciona quando as pessoas nessas agências têm um relacionamento verdadeiro. Mesmo com o governo como o cliente, ainda é sobre as pessoas, e como eles funcionam juntos.”
Lari Sasson – GovLoop
G2G no Brasil?
Você trabalha em algum projeto interinstitucional que utiliza o conceito G2G? Conte para nós.
Inspirado no texto de Lari Sasson no GovLoop
Gabriela Tamura
Diretora Administrativa da WeGov. Administradora Pública graduada pela Universidade do Estado de Santa Catarina, Pós-graduada em Gestão Pública pela Universidade Aberta do Brasil e resiliente de plantão. Trabalha há 10 anos com a realidade do setor público e resolveu ajudar.
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