A Arquitetura TOGAF no apoio a implantação de Transparência
– Fases G e H
No artigo anterior eu discuti o desenvolvimento da Fase F tendo como objetivo a implantação de transparência organizacional.
O desenvolvimento da Fase F acontece a partir do fechamento da fase E do TOGAF, os planos de migração traduzidos em projetos que são priorizados de acordo com critérios estabelecidos dentro da Estratégia definida.
Então vamos ao que interessa: Hoje eu vou falar sobre as duas últimas fases do ADM do TOGAF. As fases, G. Governança da Implementação e H. Gerenciamento de Mudança da Arquitetura.
| Aqui não existem perguntas mas sim o monitoramento da execução dos projetos de forma a assegurar a conformidade com a Arquitetura Alvo (futura / to-be). |
Nestas duas fases, o foco em implantar transparência já não estabelece novas questões a se pensar quando do momento da sua execução. Transparência já se transformou em ações concretas previstas em projetos que vão desde projetos físicos até novos requisitos para um software ou novos sistemas de aplicação
Outra observação importante, e não sei se alguém já parou para pensar, é que até agora eu falei de usar ADM do Togaf como método de apoio a implantação de transparência nas empresas. Mas a partir do momento que vamos avançando pelas fases, o que vai ficando cada vez mais evidente é a necessidade de que o ADM em si seja transparente.
Vamos lá!
- Na fase Preliminar, normalmente não é possível planejar absolutamente tudo, ou mesmo quando é possível estabelecer uma área formal de arquitetura corporativa, queremos avaliar continuamente as ações realizadas no passado e decisões tomadas para evoluir continuamente a forma como a arquitetura corporativa será gerida e governada;
- Na fase A, queremos avaliar como uma rodada foi planejada e qual o resultado final. Por exemplo, será que o planejamento pode ser otimizado? Quantas rodadas se encontram em planejamento? Quais os recursos que estão sendo alocados em cada uma?
- Nas fases B, C e D, queremos acompanhar por exemplo como as técnicas de levantamento e modelagem estão sendo utilizadas. Como melhorar a interação com as áreas de negócio? As ferramentas de modelagem são adequadas?
- Na fase E, queremos saber como as análises e discussões chegaram no conjunto de oportunidades que foi identificado? Quais questões motivaram a divisão de soluções em diversas partes ou eliminaram uma oportunidade considerada anteriormente?
- Na fase F, queremos saber como os projetos foram planejados? Qual a justificativa para a priorização ou eliminação decidida?
- Na fase G, queremos a transparência da execução dos projetos. A Governança da Arquitetura Corporativa precisa ter visibilidade de todos os projetos que impactam a Arquitetura.
- Na fase H, queremos, por exemplo, a transparência na definição de porque determinadas alterações na Arquitetura Alvo foram necessárias. Pois será que as alterações foram necessárias porque a rodada do ADM negligenciou aspectos importantes do negócio ou as alterações se devem a eventos externos?
Bem, essas sãos só algumas das muitas questões que eu gostaria de saber ao executar uma rodada do ADM, ao fazer arquitetura corporativa. E transparência nas informações e processos está relacionada a todas elas!
Mesmo quando olhamos o “Gerenciamento de Requisitos“, que é o círculo do meio do ADM do TOGAF e que diz respeito a gestão da dinamicidade dos requisitos durante a execução de uma rodada, queremos ter transparência na identificação e gestão dos mesmos durante todo o ciclo da rodada.
A Transparência na Governança da Arquitetura Corporativa, em geral, motiva arquitetos a entenderem a importância e a implantar Transparência no Negócio.
Com este artigo eu encerro essa discussão sobre como o uso de uma Framework de Arquitetura Corporativa como o TOGAF pode ser utilizado para implantar transparência nas empresas sem a necessidade de pensar em novas estratégias. Transparência pode ser vista como um requisito ao executar projetos.
Até a próxima!
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