Por Vanessa Nunes
Neste ano de 2018 vou iniciar meu primeiro artigo na mesma linha dos artigos de 2017: continuarei falando sobre a relação da arquitetura corporativa com o provimento de transparência nas organizações.
Vou começar fazendo um paralelo com uma discussão que tem estado em todas as redes sociais e mesas de bar atualmente: as famigeradas fake news. Essas falsas afirmações que são jogadas ao vento, muitas vezes com intenções maliciosas, e se disseminam atualmente mais rápido do que um vírus de computador, tem influenciado pessoas a formarem opinião e tomarem decisões baseado no que é dito ao seu redor, ou considerando a sua vida digital, no que anda acontecendo na sua timeline.
Bom, este não é um artigo sobre fake news, mas vamos fazer um paralelo considerando o contexto de um ambiente organizacional.
É fato que fake news também ocorrem dentro de organizações no que diz respeito às informações sensíveis ao negócio, seja por interesses específicos que são de conhecimento de alguns poucos, seja por desorganização e falta de conhecimento sobre uma informação ou de contexto sobre ela. Nas minhas andanças pelas organizações públicas (e nas privadas também!!) percebo que este último cenário é que o mais se propaga.
Isto quer dizer que comentários, opiniões e decisões são emitidos sem qualquer embasamento e baseado em assunções sobre a veracidade, rastreabilidade e estado de informações e processos. Mas nunca sem saber exatamente o que está acontecendo!
Exemplos? Temos!
Participei de um projeto de implantação de arquitetura corporativa em uma organização pública onde havia um belo e muito bem elaborado planejamento estratégico anual. Participação ativa de gerentes superiores e intermediários. Sugestões levadas em consideração. Processo participativo! Realmente muito bom! E tive a oportunidade de ler os materiais gerados em planejamentos de anos anteriores e ver como amadureceram as discussões e o uso da metodologia de planejamento estratégico em si. Maravilha!
Mas depois de definir diretrizes, objetivos estratégicos e valores, como eles começavam a definir projetos e iniciativas para atender a essas enormes bolinhas coloridas que estavam coladas em toda parede da organização?
E depois como verificar se você planejou o que era realmente necessário? E depois para verificar porque não deu certo?
E o que então EU tenho que fazer para fazer o que precisa ser feito ????
É aqui que a arquitetura corporativa está entrando para ajudar a planejar as ações e depois de realizá-las, avaliar se atendem as necessidades e expectativas estratégicas.
A arquitetura corporativa propõe relacionar as informações (de estratégia, processos, dados, sistemas, infraestrutura, segurança, sociedade, etc) de disciplinas que até então estavam sendo realizadas de forma solitária e dissociada do todo, e sem apresentar a rastreabilidade das transformações geradas e quais outras informações (de ações, sistemas, serviços, decisões, etc) poderiam ser impactadas, positiva ou negativamente.
A proposta é conectar as disciplinas para promover a integração da organização e transparecer essa integração para todos!
Parece óbvio né? E é! Quer dizer, o mundo é integrado, isso todos sabemos. Mas começamos a fracionar o mundo para fins pedagógicos, de entendimento de distribuição de responsabilidades, enfim... Fomos fracionando e fracionando e fracionando...
E perdemos a noção do todo!
Porque mesmo estamos fazendo uma atividade? Qual o objetivo? O que ela trás de benefício? Em que estou melhorando a organização? O que posso fazer para melhorar?
A arquitetura corporativa fornece a base fundacional para decidir por soluções que podem evidenciar e resolver questões como essas aí abaixo que já andei coletando por aí.
Bem, vamos em frente!
Até a próxima!
Comentários
Postar um comentário