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Estudo de caso aberto em Mineração de Processos



Em meu primeiro post apresentei uma nova metodologia, conhecida como mineração de processos, para a produção de modelos de processos de negócio.  Continuo agora tratando do como aprender mais sobre esta metodologia e suas aplicações.

A referência mais abrangente e rigorosa para aprender conceitos e fundamentos é o livro do prof. Wil van der Aalst:  Process Mining: Discovery, Conformance and Enhancement of Business Processes. Para iniciantes, recomendo enfaticamente seguir o curso on-line Process Mining: Data science in Action, que é baseado nesse livro e aplicado pelo próprio prof. van der Aalst. Mais informações sobre livro e curso podem ser encontradas aqui.

É claro, existem diversos sites com muita informação disponível na forma de artigos, teses, blogs e vídeos, por exemplo:
  • O site da Task Force on Process Mining estabelecida pelo IEEE para promover a pesquisa, desenvolvimento, educação e conhecimento sobre mineração de processos
  • O site da Eindhoven University of Technology (TU/e) dedicado a pesquisas e ferramentas para mineração de processos, com destaque para o ProM, principal ferramenta open source nesta área
  • O site Flux Capacitor, blog publicado pelo produtor do Disco, uma das ferramentas de mineração de processos mais conhecidas
Aqueles que gostam de ir além da teoria e de se aventurar botando a mão na massa, testando casos e ferramentas reais, não podem deixar de conhecer o Business Process Intelligence Challenge (BPIC).

O BPIC é um evento realizado anualmente, desde 2011, como parte do Workshop on Business Process Intelligence. Tem como objetivo juntar pesquisadores e profissionais na análise de problemas reais de processos de negócio. Todo ano, um log de eventos real é disponibilizado para ser analisado pelos participantes, com objetivo de responder a questões colocadas pelos donos do processo e/ou prover insights sobre o processo capturado no log. 

Este ano acontece a 7ª edição do BPIC, o desafio desta vez traz um processo para concessão de empréstimos a pessoas físicas de uma organização financeira na Holanda. 

É a segunda rodada desse processo, ele já foi analisado no BPIC de 2012, e os dados e relatórios de análise da epóca estão disponíveis aqui. De lá para cá, a organização implementou algumas das recomendações recebidas em 2012 (ex.: um novo sistema de workflow) e o volume de casos aumentou consideravelmente. 

De forma resumida, eles estão interessados em saber:
  1. Qual o tempo de ciclo por etapa do processo
  2. Qual a influência no resultado final das solicitações para complementar informações
  3. Como os clientes se comportam em relação às propostas apresentadas
  4. Outras considerações sobre tendências, dependências, etc.
Você pode escolher uma de 3 categorias para participar:
  • Estudante – graduação ou pós, aplicação individual ou equipe
  • Academia – pesquisadores e professores em instituições acadêmicas
  • Profissional – quem não se encaixa nas outras duas
Para realizar sua análise os participantes podem utilizar todas as técnicas, métodos e ferramentas disponíveis. Este ano, dois fornecedores de produtos proprietários (Celonis e Minit) disponibilizam licenças temporárias para utilização pelos participantes. E claro, as ferramentas open source, como o ProM, estão sempre disponíveis. 

Para informações mais detalhadas e exatas, inclusive datas e informações para acesso às licenças dos produtos comerciais, nada melhor que o site do BPIC 2017.

Se você gostou da ideia, mas ainda não está pronto para se aventurar sozinho, acompanhe este blog. Na medida das minhas possibilidades, vou tentar a sorte nesse desafio e relatarei aqui minhas desventuras. 

Para começar, no próximo post trataremos da questão do log de eventos, o que tem nele e como ele é.

Até o próximo post.


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