(Imagem: airu.com.br)
Ao adotar BPM ou práticas BPM as organizações, muitas vezes,
incorrem em erros que, isoladamente ou em conjunto, podem e certamente irão
comprometer os resultados do projeto de Gestão por Processos.
Vamos então a
eles:
1) Melhorar processos sem vinculação estratégica
- A melhoria de processos de forma isolada, utilizando ou
não os diversos instrumentos e métodos já consagrados (Lean, Six Sigma, JIT
etc), não é BPM. BPM vai além dos silos funcionais onde se encontram as funções
de negócio, alvo das “melhorias de processo”. BPM exige uma vinculação aos
objetivos estratégicos, para que de forma equilibrada e ponta-a-ponta possam ser feitas intervenções responsáveis pelo aumento de
valor percebido pelo cliente.
2) Mapear por mapear
- Parece óbvio, mas ainda resiste a idéia de que BPM e
mapeamento de processos são sinônimos. Esse é um erro comum e que faz com que
se invista muito tempo na documentação de processos sem retorno para
organização. O mapeamento é somente a parte visual, gráfica de um processo
gerencial iterativo sem o qual o mapeamento não passa de papel que terá por fim
a gaveta de alguém.
3) Não envolver executores na modelagem, análise e
redesenho
- Os executores dos processos devem ser ouvidos e envolvidos
nos projetos de BPM. Não se podem subestimar as informações nem as opiniões
daqueles que estão diretamente envolvidos no processo de negócio. Promover um
sentimento de propriedade sobre o projeto naqueles que executam o processo é fator
chave de sucesso.
4) Não existe receita de bolo
- O Benchmarking é sempre saudável e recomendado, mas não
existe um projeto padrão de Gestão por Processos, cada realidade é única. Tanto
quanto a fatores internos: tamanho, faturamento, complexidade, setor, cultura,
valores, maturidade. Quanto a fatores externos: mercado, cliente, fornecedores,
legislação local e regional etc.
5) Não nomear Líderes de Processo
- Os projetos de intervenção em processos de negócio devem
necessariamente prever a nomeação de um Líder ou Dono do Processo o qual será o
responsável pela a geração de valor do processo ponta-a-ponta, tomando decisões
para a manutenção do processo em níveis aceitáveis de desempenho a partir da
análise das métricas disponibilizadas.
6) Não elaborar indicadores
- Por falar em métricas, não elaborar ou elaborar mal
indicadores é uma das principais causas de insucesso na gestão por processos.
Ao elaborar o indicador deve-se buscar medir o processo ponta-a-ponta, onde ele
de fato gera valor para o cliente e procurando vincular seu desempenho dentro
de uma perspectiva estratégica.
7) Automatização é um meio não um fim
- Automatizar sem analisar o processo dentro de uma
perspectiva estratégica pode ser um bom meio de desperdiçar recursos. Pode-se
correr o risco de automatizar um processo de pouca ou nenhuma contribuição na
geração de valor para o cliente.
Até a próxima!
Comentários
Postar um comentário