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Interoperabilidade: Um novo desafio ?



A parte que “cidadãos não precisarão ir a vários órgãos públicos para comprovar informações” muito me interessa. Assistentes Sociais trabalham diretamente com a orientação de grupos/pessoas. O impacto positivo que esta otimização provocaria é imensurável senhores !!!
E mais, a quantidade existente de órgãos públicos, de processos, etc, requer uma gestão de dados mais eficiente. Somente assim o governo poderá oferecer à população serviços eletrônicos integrados, com informações confiáveis. Torcemos por isso !!!
Rosane Feijó M. S da Cruz é Assistente Social da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, atuando desde 2004 com população em situação de rua naquela metrópole, enfrenta na rotina do seu trabalho diversas dificuldades diárias, na medida em que se depara com demandas e necessidades de sociabilização e re-inserção de pessoas na sociedade e esbarra com questões burocráticas e com a existência de inúmeros órgãos e setores a serem percorridos pela população atendida, para a efetivação dos encaminhamentos realizados.

Já havia compartilhado recentemente este comentário, que recebi para um artigo que escrevi, de uma série sobre integração de dados e processos.  Confesso que é um comentário que torna a me inquietar no momento em que revisito as apresentações e discussões acontecidas no Seminário e-PING Áreas de Integração para o Governo Eletrônico, que aconteceu nos últimos dias de fevereiro deste ano.

Lá estiveram presentes as expectativas do governo, do mercado e dos cidadãos, reafirmando a preocupação da sociedade com a interoperabilidade, integridade, acesso a informações e serviços eletrônicos de governo, expressas com profundidade pelos palestrantes, que compartilharam informações sobre o andamento e os resultados das ações que estão implementando neste sentido.

Se por um lado se evidencia a maturidade das premissas, políticas e especificações técnicas que, contidas na Arquitetura e-PING, regulamentam a utilização da Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) na interoperabilidade de serviços de Governo Eletrônico, por outro se percebe ainda a necessidade de intensificarmos ações no sentido de uma governança sobre seu uso intensivo.

Se o mercado e o governo se aproximam, entendendo a importância do uso de padrões de integração para atendimento as preocupações da sociedade atual, gestores e desenvolvedores ainda se vêm debruçados no atendimento à urgência para oferecer serviços eletrônicos que, por vezes, atendem a processos que não consideram aquilo que Rosane Feijó, a assistente social mencionada logo no início, tão fortemente expressou.

As informações compartilhadas, os debates promovidos, a continuidade das discussões, que se prolongaram para além do evento, reforçam que aquilo sobre o qual devemos intensificar ações, tem nomes: gestão, governança ou governança corporativa, que é a forma como vem sendo traduzida a Entreprise Architeture.

Tema de uma das mesas – que requereu intervenção de seu moderador para terminar, na medida em que o interesse se estendia para além do tempo previsto de duas horas – as apresentações nos permitiram acompanhar diferentes visões sobre o assunto e, o mais importante, um caso de implementação no Governo Federal, pelo Ministério da Fazenda.

Minha inquietação se justifica então pela oportunidade de expandir um modelo de governança para o Governo, em um momento onde, além de contarmos com maturidade, conhecimentos e iniciativas de vulto em curso, estamos rediscutindo a e-PING, que completa este ano 10 anos.

Então, será que contamos com um novo desafio?

Daqueles desafios que reforçam e integram conquistas alcançadas, nos remetem a um novo momento, nos permitem atender expectativas de nossa sociedade, como as expressas por Rosane Feijó ?


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