No post
anterior abordamos o
detalhamento das visões Programas e Projetos e Sociedade com a aplicação da
dinâmica de Análise de Cenário utilizada na Oficina FACIN-ABEP, realizada pelo
Serpro em parceria com a Associação Brasileira de Entidades Estaduais
de Tecnologia da Informação e Comunicação (ABEP).
A dinâmica
compreende as atividades de identificação do problema, modelagem, análise e
construção dos cenários atual e proposto (solução do problema).
Na PRODEMGE o cenário utilizado foi a
implantação de uma solução corporativa de geoprocessamento no Estado de Minas
Gerais, aqui identificada apenas como Projeto GEO.
Nesta postagem
abordaremos o detalhamento dos Padrões e Modelos de Referência do Projeto
GEO utilizando o Frameworkde Arquitetura Corporativa para Interoperabilidade no Apoio à Governança(FACIN), conforme figura 1.
Figura 1: Detalhamento da visão Padrões e Modelos de
Referência do Projeto GEO
A figura 2
apresenta uma visão dos Padrões de Geoprocessamento utilizados na Implantação
da Solução Corporativa de GEO em consonância com os estabelecidos pela ePING
- Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico. Dentre eles podemos
destacar os padrões de serviços WEB de geoprocessamento, de arquivos
georreferenciados e de infraestrutura de serviços WEB georreferenciados.
Figura 2: Visão de padrões
tecnológicos da Solução GEO
1. Padrões de serviços WEB de geoprocessamento
Os padrões OGC
(Open Geospatial Consortium) aos quais produtos e serviços precisam se adequar
para a interação entre diversas fontes de dados e informações espaciais (georreferenciadas)
no Estado de Minas Gerais são:
• WMS (Web Map Service) define um serviço
para a produção de mapas que serão apenas uma representação visual dos dados
espaciais e não os dados em si. Estas representações serão geradas no formato
de imagem, como JPEG, PNG e GIF ou em formato vetorial, como o Scalable Vector
Graphics (SVG).
• WFS (Web Feature Service) define um
serviço para que clientes possam recuperar feições especiais em formato GML
(Geographic Markup Language) ou Geojson.
• WCS (Web Coverage Service) define o
acesso aos dados que representam fenômenos com variação contínua no espaço.
Este serviço é especificado para tratamento de dados modelados como geocampos
(ou atributos geográficos).
2. Padrões de arquivos georreferenciados
• GML (Geographic Markup Language) é um
conjunto de regras com as quais um usuário pode definir sua própria linguagem
para descrever seus dados. Permite a interoperabilidade entre dados
geográficos. Definindo como será o
armazenamento e transporte de informações geográficas, incluindo propriedades
espaciais e não espaciais das entidades geográficas. O GML é usado também em
serviços WFS para trocar feições entre clientes e servidores, servindo,
portanto como suporte ao serviço WFS.
• KML (Keyhole Markup Language) é uma
extensão de um XML utilizado pelo Google para tornar possível a visualização de
dados geográficos em suas tecnologias: Google Earth, Google Maps, etc.
• SLD (Styled Layer Descriptor) é arquivo
XML que representa graficamente entidades geográficas (textos, pontos, objetos
lineares ou polígonos). Na linguagem SLD podem ser definidas regras que agrupam
objetos em diferentes categorias e definindo para cada grupo um estilo
diferente.
• GeoTIFF é o formato padrão
internacional de intercâmbio de dados raster com saída no formato de grids
(para uso em modelos de elevação, modelos digitais de terreno e de superfície).
Além de ser um formato aberto, sem copyright, atende perfeitamente as
exigências de informações e dados georreferenciados para utilização em qualquer
software de análise espacial de dados, com a sua importação amplamente
habilitada.
3. Padrões de Infraestrutura de Serviços WEB
Georreferenciados
• GeoServer (Servidor de Informação
Geoespacial) é um servidor de WMS, WCS e WFS, que segue as especificações da
OGC.
• Openlayers (Framework Javascript para Webmapping)
é uma biblioteca open source JavaScript que pode ser usada para
disponibilizar/exibir dados geográficos na internet.
• Geonetwork (Catálogo de Metadados) -
Perfil MGB (Metadados Geoespaciais do Brasil) em conformidade com a norma ISO
19115:2003.
• JBoss (Servidor de aplicação) - JEE
(Java Enterprise Edition) com código fonte aberto baseado na plataforma,
implementado na linguagem de programação Java.
• Integração com SSC (Sistema de
Segurança Corporativa) é o sistema de segurança e monitoramento da PRODEMGE.
• SGBDE (Sistema Gerenciador de Banco de
Dados Espacial) - Postgre SQL / PostGIS ou
Oracle Spatial.
• SQL (Linguagem para consulta e
manipulação de dados em sistemas de gerenciadores de bancos de dados) segundo a
norma ISO/IEC 13249 SQL/MM padroniza extensões para dados multimídia e
aplicações específicas SQL, sendo estendido para gerenciar dados como texto,
imagens, dados espaciais e mineração de dados.
A figura 3 destaca os demais
Padrões utilizados no Projeto GEO que foram abordados anteriormente nesta série
com seus respectivos links.
Figura 3: Visão dos Padrões
utilizados no Projeto GEO
• DAMA-DMBOK
(Data Management Body of Knowledge)
O modelo proposto utiliza-se de dois
componentes: elementos e relacionamentos, descritos na tabela 1. As cores dos
elementos representam as camadas do ArchiMate
e sua respectiva correspondência com o TOGAF.
Fonte: ArchiMate 3.0 – Um
Guia de Bolso
Acesse aqui o detalhamento completo da
aplicação da dinâmica de Análise de Cenário, apresentada na Oficina FACIN-ABEP
e utilizada pela PRODEMGE, para implantar uma solução
corporativa de geoprocessamento no Estado de Minas Gerais, utilizando o FACIN.
No próximo artigo abordaremos
o detalhamento da visão Governança, Riscos e Conformidade do Projeto GEO utilizandoo FACIN!
Autores: Ademilson
Monteiro, Antonio
Plais, Guttenberg Ferreira Passos, Leonardo Grandinetti Chaves
e Sandro Laudares
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