Em todo o mundo as
organizações têm adotado, com maior frequência, o uso de
nuvens públicas para soluções de Infraestrutura como Serviço
(IaaS), Plataforma como Serviço (PaaS) e Software como Serviço
(SaaS), por uma variedade de razões, mas especialmente:
- Para ambientes de testes de desenvolvimento;
- Para aplicações departamentais;
- Para aplicações críticas de negócio;
- Para armazenar dados de forma eficaz e com menores custos;
- Para buscar escalabilidade;
- Para modernizar a infraestrutura de hardware.
Como esses
serviços em nuvem são normalmente escolhidos para servir um
propósito distinto, as decisões são impulsionadas, em grande
parte, sem a participação de arquitetos corporativos. Por exemplo,
aplicações de software como serviço (SaaS) são muitas vezes
adquiridas por um departamento ou linha de negócio particular. Da
mesma forma, soluções de infraestrutura como serviço (IaaS) e
plataforma como serviço (PaaS) podem ser adquiridas por um grupo de
desenvolvimento e usados de forma independente de outras
infra-estruturas e plataformas de TI já disponíveis na empresa.
No entanto, em
diversos casos, os arquitetos corporativos têm sido chamados não
apenas para avaliar implementações de nuvens públicas, mas também
para entender a melhor forma de integrar as novas ofertas de serviços
em nuvem com sistemas de informações existentes localmente nas
organizações.
A maioria das
empresas terá uma combinação de ativos de SaaS, PaaS e IaaS nas
nuvens, que podem ter métodos de segurança, integração, gestão e
governança diferenciados, com os sistemas locais existentes. Estas
tendências estão forçando as organizações a formalizarem a
governança corporativa e a arquitetura corporativa a fim de mitigar
o risco. Os arquitetos corporativos, portanto, enfrentam um novo
conjunto de desafios à medida que devem descobrir como integrar
esses sistemas.
Esse assunto foi
abordado por Thomas Kurian, vice-presidente de desenvolvimento de
produtos da Oracle, durante o evento Oracle Enterprise Architecture
Summit, ocorrido entre setembro e outubro de 2014, em San Francisco,
Estados Unidos.
Segundo Kurian, em
geral, existem quatro principais considerações que os arquitetos
corporativos precisam ter em mente quando se integra sistemas locais
com serviços de nuvens públicas, a fim de buscar o estabelecimento
de uma arquitetura eficiente:
- Integração de Dados – Os arquitetos corporativos precisam entender como mover dados entre as aplicações providas pela nuvem na forma de SaaS e seus sistemas locais. Eles precisam entender quais ferramentas usar para extrair dados desses sistemas, quais tecnologias podem ser usadas para transferir dados de forma segura e como lidar com as diferentes regras de negócio e restrições de validação entre os dois tipos de sistemas;
- Integração de Processos de Negócio – Os arquitetos corporativos precisam entender quais processos de negócio se estenderão entre a nuvem e o sistema local, qual tecnologia de integração usar para melhor automatizar os processos de negócio entre os dois tipos de ambientes, e qual a melhor forma de se testar os processos de negócio quando as aplicações providas pela nuvem na forma de SaaS são atualizadas.
- Integração da Identidade do Usuário e Segurança – É necessário entender a melhor forma de gerir a identidade do usuário e o controle de acesso entre os sistemas locais e a oferta de SaaS em nuvem, para garantir que os usuários somente acessem os sistemas para os quais estão autorizados. Dentro desses sistemas em nuvem os usuários somente devem ser capazes de executar as transações e ter acesso aos dados para os quais têm permissão. Essas permissões devem ser aplicadas na nuvem a partir de suas credenciais de segurança existentes na rede corporativa local, tais como nomes de usuários, senhas e autenticação unificada (single sign-on).
- Integração da Inteligência de Negócios (BI) - Os arquitetos corporativos necessitam entender a melhor forma de trabalhar dados entre os sistemas de nuvem e os sistemas locais para prover suas áreas de negócio com uma visão consistente de inteligência de negócios a partir dessas fontes.
Normalmente é
difícil saber qual impacto a adoção de uma nova tecnologia gera
para as organizações. A Arquitetura Corporativa atende a essas
necessidades promovendo uma ligação entre as inovações e o estado
futuro de uma organização. Os arquitetos corporativos podem ajudar
suas empresas a estabelecer uma estratégia de nuvem holística que
garanta flexibilidade em todas as camadas da computação em nuvem
ajudando as suas organizações a estabelecer esses ambientes
híbridos.
No próximo artigo apresentaremos mais um caso de sucesso no uso da arquitetura corporativa para a prestação de serviços públicos. Até breve!
No próximo artigo apresentaremos mais um caso de sucesso no uso da arquitetura corporativa para a prestação de serviços públicos. Até breve!
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